DAVI E SUA VOCAÇÃO
Texto Áureo: I Sm. 13.14
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.1,310-13
Objetivo: Entender as razões e o propósito de Deus da vocação de Davi a fim de cumprir seus objetivos imediatos e futuros.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos próximos três meses estudaremos a biografia de Davi. Teremos a oportunidade, durante as aulas, de refletir a respeito da vida desse que é conhecido como um “homem segundo o coração de Deus”. Aprenderemos a respeito de suas vitórias e derrotas, e, à luz do evangelho de Cristo, poderemos extrair ensinamentos a fim de que, como Davi, estejamos também no centro do coração do Senhor. Na aula de hoje trataremos a respeito da sua vocação, contextualizaremos o tempo no qual viveu, e ao final, veremos qual o propósito de Deus em sua vocação e algumas aplicações para a nossas vidas.
1. DAVI, NO TEMPO DE DEUS
O tempo no qual Davi viveu é marcado pelo fim de uma era, a dos juizes, personalizado na figura de Samuel. O livro de Juizes termina destacando que “não havia rei em Israel” (Jz. 18.1; 19.1; 21.25). Até que o povo de Israel reclama para si, seguindo o modelo das nações vizinhas, um rei, isto é, o estabelecimento da monarquia. Ainda que a contragosto (I Sm. I Sm. 8.7,9), Samuel, debaixo da orientação divina, e em resposta à petição dos israelitas, escolheu Saul para reinar (I Sm. 9.1-10.16). Mesmo sancionando essa opção, o Senhor antecipara Israel a respeito do preço que iria pagar por tal opção (I Sm. 8.10-18). A unção de Saul, o primeiro rei de Israel, se deu através de uma cerimônia secreta (I Sm. 9.1-10.16). Posteriormente ele foi reconhecido pelo povo e aclamado como rei (I Sm. 10.17-27). Com a monarquia estabelecida, Samuel se retira de cena, e restringe-se ao ministério profético (I Sm. 12.1-5). Saul, após assumir o reinado de Israel, não se conduziu em conformidade com a Palavra de Deus, precipitou-se em seus votos (I Sm. 14.24-46) e até mesmo confrontou ao profeta de Deus (I Sm. 15.1-35) por esse motivo, fora rejeitado pelo mesmo Deus que o fez rei (I Sm. 15.10-12). Samuel, em seu embate com o rei Saul, diz que a obediência é melhor que o sacrifício, já que Saul desobedeceu intencionalmente a Deus, sob a justificativa que ofereceria sacrifícios (I Sm. 15.22-23).
2. A VOCAÇÃO DE DAVI
A escolha de Davi, para ser o rei de Israel, sucessor de Saul, está registrada em I Sm. 13.13-14. Nessa passagem lemos que o Senhor rejeitou Saul e separou um novo rei conforme o seu agrado. A razão de tal opção é que Saul, o primeiro rei de Israel, havia procedido nesciamente, pois não atentou para a Palavra do Senhor proferida através de Samuel (I Sm. 12.14). Por esse motivo o profeta do Senhor é dirigido à casa de Jessé, o belemita, que era neto de Rute e Boaz (Rt. 4.17,22) para ungir o rei que Deus havia escolhido. Seguindo o procedimento para a unção do rei, Samuel devia apanhar seu chifre de óleo sagrado para a cerimônia de unção. Mesmo que o profeta tenha se impressionado com Eliabe, o filho mais velho de Jessé, é a Davi, o mais novo que Deus havia vocacionado, pois Deus não vê como vê o homem (I Sm. 16.6-10; I Cr. 28.9). Davi se encontrava no exercício da sua responsabilidade, pastoreando as ovelhas de seu pai, talvez esquecido pelos familiares, mesmo assim o Senhor não se esqueceu dele o separou para a obra (I Sm. 16.11-13) Posteriormente, no Sl. 22.9,10, Davi testemunharia que Deus o havia escolhido desde o ventre da sua mãe. Ele é um exemplo do homem ou da mulher de Deus que tem consciência de seu chamado e de que Deus cumprirá os desígnios que estabeleceu.
3. O PROPÓSITO DA VOCAÇÃO
A vocação de Davi por Deus tinha propósitos imediatos, para a sua época, bem como para um futuro distante. Naqueles tempos, o povo de Israel se encontrava numa situação de crise. Samuel, já envelhecido, constituiu a seus filhos por juizes em Israel, esses, porém, não andaram pelos caminhos do Senhor (I Sm. 8.1-3). Por esse motivo, os filhos de Israel, imitando as nações vizinhas, pediram um rei (I Sm. 8.7,9), mas esse, ainda que escolhido por Deus, procedeu nesciamente e fora substituído pelo Senhor (I Sm. 13.13-14). A vocação de Davi tinha também uma promessa, a de que no futuro viria um Rei que estabeleceria seu trono definitivo sobre Israel: Jesus, profecia se cumprirá totalmente no milênio (Lc. 22.20; Jr. 23.5,6; Ap. 19,20). Através do processo de escolha de Davi para reinar o Senhor nos instrui a respeito de determinados aspectos na vocação de um líder: 1) a espiritualidade – alguém que seja segundo o coração de Deus, que seja sensível às coisas do Senhor (II Cr. 16.9), 2) a humildade – alguém que mesmo desprezado, reconheça sua posição diante de Deus (I Sm. 16.1; Sl. 78.70; 89.20), que privilegie menos a promoção pessoal e dê maior valor à construção do caráter; e 3) a integridade – que vive em sinceridade de coração, que não depende exclusivamente das aparências (Sl. 78.71,72).
CONCLUSÃO
Davi foi um homem vocacionado a fim de desempenhar uma tarefa. Na construção dessa liderança, o Senhor trabalhou no caráter de Davi. Primeiramente através dos momentos de solidão, enquanto esse se encontrava no campo, cuidando das ovelhas do seu pai Jessé. Depois por meio da obscuridade, houve momentos que ninguém conhecia a Davi, ninguém para aplaudi-lo, ele não passava de um desconhecido na multidão. Através dos momentos de monotonia o Senhor também trabalhou o caráter daquele que seria o rei de Israel, quando esse estava fazendo as mesmas coisas, tidas por alguns como irrisórias ou de pouca utilidade. Que o Senhor nos dê sabedoria para discernir o tempo e o propósito para o Seu chamado para as nossas vidas.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOW, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
A Gente se Acostuma
A GENTE SE ACOSTUMA
A gente se acostuma levantar atrasados todos os dias pela manhã. E porque estamos atrasados então fazemos uma oração rápida. E quando fazemos! Para não perder tempo! E porque não podemos perder tempo também não lemos a bíblia. E não lemos a bíblia porque não é tão importante assim como não é a oração. Então, logo o trabalho material se torna mais importante. E não temos tempo nem de agradecer pelo almoço. E não agradecemos pelo almoço porque achamos que não é necessário. A comida jamais vai faltar um dia. Isso só acontece lá nos países da África, aqui no Brasil isso não ocorre.
A gente se acostuma voltar para o trabalho à tarde, e ela passa rápido. E porque passa rápido, então chega o final da tarde e tenho que voltar rápido para casa. E porque tenho que voltar rápido, não tenho tempo de agradecer a Deus por mais um dia de trabalho, porque se não posso perder o ônibus e aí vou chegar em casa quase à noite. Mas logo vejo que não é necessário agradecer a Deus porque logo mais estarei na igreja e lá eu faço o meu agradecimento. Também penso que não será necessário agradecer novamente pelo jantar, mas não tem problema, mais tarde estarei na igreja e lá eu agradeço ao Senhor não só pelo alimento, mas por tudo. E como o dia foi muito corrido e não tive tempo de ler a Bíblia, preciso ler pelo menos um versículo, porque talvez terei uma oportunidade para dar uma palavra.
A gente se acostuma chegar atrasado ao templo. E porque chegamos atrasados não temos tempo de fazer uma oração de agradecimento pela labuta do dia. Porque estamos atrasados fazemos uma oração rapidinha de uns 10 segundos, talvez nem todo esse tempo. E rapidinho nos levantamos e esperamos que a banda musical faça a sua apresentação logo. E a banda tem que tocar logo porque a mocidade tem que cantar também. E assim os demais grupos musicais têm a mesma obrigação da rapidez. Todos têm que ser rápido porque o pregador da mesma forma o fará uma mensagem relâmpago. O pregador tem que ser rápido porque o culto tem que ser encerrado logo. E porque o culto tem que ser encerrado não se faz o apelo para o ouvinte que veio ouvir a palavra de Deus. E porque o culto já terminou temos que ir para casa depressa. E porque vivemos apressados nem cumprimentamos os demais irmãos. Porque o mais importante mesmo é o final da novela ou o futebol que vai começar. E assim chega o final da noite e estamos casados e não temos tempo para agradecer pelo dia que se foi.
A gente se acostuma levar essa vida agitada. E porque levamos uma vida agitada muitas vezes nos esquecemos de Deus. Até parece nos dar uma sensação de que vivemos sem Ele. Parece que sua presença não nos faz falta.
A gente se acostuma pensar que Deus é compreensivo e vai nos entender sempre. Já pensou se Deus se acostumar a se esquecer de nós como nós nos esquecemos dEle?
PENSE NISSO!!!
A gente se acostuma levantar atrasados todos os dias pela manhã. E porque estamos atrasados então fazemos uma oração rápida. E quando fazemos! Para não perder tempo! E porque não podemos perder tempo também não lemos a bíblia. E não lemos a bíblia porque não é tão importante assim como não é a oração. Então, logo o trabalho material se torna mais importante. E não temos tempo nem de agradecer pelo almoço. E não agradecemos pelo almoço porque achamos que não é necessário. A comida jamais vai faltar um dia. Isso só acontece lá nos países da África, aqui no Brasil isso não ocorre.
A gente se acostuma voltar para o trabalho à tarde, e ela passa rápido. E porque passa rápido, então chega o final da tarde e tenho que voltar rápido para casa. E porque tenho que voltar rápido, não tenho tempo de agradecer a Deus por mais um dia de trabalho, porque se não posso perder o ônibus e aí vou chegar em casa quase à noite. Mas logo vejo que não é necessário agradecer a Deus porque logo mais estarei na igreja e lá eu faço o meu agradecimento. Também penso que não será necessário agradecer novamente pelo jantar, mas não tem problema, mais tarde estarei na igreja e lá eu agradeço ao Senhor não só pelo alimento, mas por tudo. E como o dia foi muito corrido e não tive tempo de ler a Bíblia, preciso ler pelo menos um versículo, porque talvez terei uma oportunidade para dar uma palavra.
A gente se acostuma chegar atrasado ao templo. E porque chegamos atrasados não temos tempo de fazer uma oração de agradecimento pela labuta do dia. Porque estamos atrasados fazemos uma oração rapidinha de uns 10 segundos, talvez nem todo esse tempo. E rapidinho nos levantamos e esperamos que a banda musical faça a sua apresentação logo. E a banda tem que tocar logo porque a mocidade tem que cantar também. E assim os demais grupos musicais têm a mesma obrigação da rapidez. Todos têm que ser rápido porque o pregador da mesma forma o fará uma mensagem relâmpago. O pregador tem que ser rápido porque o culto tem que ser encerrado logo. E porque o culto tem que ser encerrado não se faz o apelo para o ouvinte que veio ouvir a palavra de Deus. E porque o culto já terminou temos que ir para casa depressa. E porque vivemos apressados nem cumprimentamos os demais irmãos. Porque o mais importante mesmo é o final da novela ou o futebol que vai começar. E assim chega o final da noite e estamos casados e não temos tempo para agradecer pelo dia que se foi.
A gente se acostuma levar essa vida agitada. E porque levamos uma vida agitada muitas vezes nos esquecemos de Deus. Até parece nos dar uma sensação de que vivemos sem Ele. Parece que sua presença não nos faz falta.
A gente se acostuma pensar que Deus é compreensivo e vai nos entender sempre. Já pensou se Deus se acostumar a se esquecer de nós como nós nos esquecemos dEle?
PENSE NISSO!!!
Valdir Costa: Bacharel em Teologia, Jornalista e Mestrando em Ciência da Religião
Lição 12
O TESTEMUNHO INTERIOR DO CRENTE
Texto Áureo: I Jo. 5.4
Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 5.1-10
Objetivo: Mostrar que somente poderemos vencer o mundo se tivermos passado pela experiência do novo nascimento pelo Espírito.
INTRODUÇÃO
Nos escritos de João, o novo nascimento, ou mais precisamente, o nascimento de cima, ou de Deus, é uma temática recorrente. Na aula de hoje, além de meditarmos a respeito desse nascimento, trataremos também a respeito do testemunho que o Espírito dá sobre essa condição de filiação. Ao final, veremos que o Espírito, a água e o sangue ratificam que, de fato, somos filhos de Deus o qual nos garante vida eterna em Cristo Jesus.
1. NASCIDOS DE DEUS
Para João, crer é a causa do nascimento de Deus – ek tou theou gegennetai – ainda que Deus seja a fonte dessa geração (Tg. 1.18). É Ele quem concede a filiação a todos quantos recebem a Cristo (Jo. 1.12,13). O meio pelo qual esse nascimento se dá é pelo Espírito e pela Palavra (I Pe. 1.23). A fé é a ação por meio da qual nos tornamos filhos de Deus, isto é, nascidos de cima - anothen em grego - (I Jo. 5.1; Jo. 3.1-3). O humano, por si só, não pode gerar a vida espiritual, apenas a biológica, pois o que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito. Nicodemos, um mestre entre os judeus, não foi capaz de discernir essa verdade espiritual (Jo. 3.6,7). A importância dessa experiência está no fato de que por meio desse nascimento espiritual podemos desfrutar de um relacionamento amoroso com o Pai. A obediência a Deus é resultado desse relacionamento amoroso (I Jo. 5.2,3). Também como resultado desse amor a Deus, como já estudamos em lições anteriores, estaremos dispostos ao sacrifício pelos irmãos (I Jo. 3.16-18). A obediência em amor é uma prática comum naquele que nasceu de Deus, como destacou o Senhor (Jo. 14.15,21).
2. O TESTEMUNHO INTERIOR E EXTERIOR
O testemunho interior diz respeito à convicção do crente quanto a essa filiação divina (Rm. 8.14-19; I Jô. 5.9,10). Os reformadores se referiam a esse testemunho interior com a expressão latina - testimonium internum Spirtus Santi. Esse testemunho interno do Espírito Santo atua em consonância com o testemunho exterior, pois Deus, pela Palavra, nos identifica como filhos em Cristo (Jo. 5.31; 8.14). Assim, na medida em que lemos a Bíblia, temos contato com o testemunho exterior, com a mensagem do evangelho de Cristo, a qual, firmada em nossos corações, pela fé, gera o nascimento que vem de Deus. O Espírito e a Palavra, internamente e externamente, testemunham a respeito da filiação, por meio do qual clamamos Aba, Pai (Rm. 8.15; Gl. 4.6). Essa não é uma revelação facilmente explicável, trata-se de um mistério que precisa ser experimentado pela fé. Somente aqueles que ouvem a Palavra de Deus são de Deus, porque o Espírito testifica neles que são, de fato, nascidos de Deus (Mt. 13.20-22; Jo. 8.47). O testemunho de Deus nos dá a certeza de vida eterna, pois quem tem o Filho tem a vida, por sua vez, quem não tem o filho não tem a vida (I Jo. 5.11,12).
3. O TRÍPLICE TESTEMUNHO
João destaca que são três que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue (I Jo. 5.7). A esse respeito é necessário lembrar que de acordo com a lei era preciso duas ou três testemunhas para que um testemunho fosse legitimado (Dt. 19.15; Nm. 35.30; Dt. 17.6,7). O testemunho do Espírito se deu no ato do Batismo, em sua manifestação visível como uma pomba (Mt. 3.16). A água diz respeito àquela que saiu do lado de Jesus após a morte, e o sangue, ao que fora derramado quando Cristo entregou a si mesmo como sacrifício vicário (Jo. 19.34). A ressurreição de Cristo é testemunha do recebimento do sacrifício (Hb. 13.12; I Pe. 3.21) e da condição de Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jô. 1.9). Testemunho maior, no entanto, é o do Pai, pois, do céu, bradou: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3.17). Uma vez que os apóstolos não mais estão entre nós atualmente, os crentes têm acesso a esses testemunhos pela Escrituras, a Palavra de Deus, que atua em nós pelo Espírito Santo (Jo. 5.37-47).
CONCLUSÃO
Todo aquele que é nascido de Deus tem o testemunho de Deus, pela Palavra (externo), e do Espírito (interno), no crente, que, de fato, é filho de Deus. Ser filho de Deus é um grande privilégio e também uma responsabilidade. Desfrutamos, ao mesmo tempo, das credenciais de um filho e do encargo de um filho do Pai, devemos, portanto, ter características espirituais dEle, a principal, o amor. Podemos ter essa confiança porque Cristo, o Eterno Filho de Deus, se fez carne, cujos testemunhos podem ser encontrados na Escritura, quando, no ato de Seu batismo e morte, testemunharam aqueles que viram a pomba, a água e o sangue sendo derramados. Maior testemunho, porém, é o do próprio Deus, que O reconhece como Filho Amado.
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: I Jo. 5.4
Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 5.1-10
Objetivo: Mostrar que somente poderemos vencer o mundo se tivermos passado pela experiência do novo nascimento pelo Espírito.
INTRODUÇÃO
Nos escritos de João, o novo nascimento, ou mais precisamente, o nascimento de cima, ou de Deus, é uma temática recorrente. Na aula de hoje, além de meditarmos a respeito desse nascimento, trataremos também a respeito do testemunho que o Espírito dá sobre essa condição de filiação. Ao final, veremos que o Espírito, a água e o sangue ratificam que, de fato, somos filhos de Deus o qual nos garante vida eterna em Cristo Jesus.
1. NASCIDOS DE DEUS
Para João, crer é a causa do nascimento de Deus – ek tou theou gegennetai – ainda que Deus seja a fonte dessa geração (Tg. 1.18). É Ele quem concede a filiação a todos quantos recebem a Cristo (Jo. 1.12,13). O meio pelo qual esse nascimento se dá é pelo Espírito e pela Palavra (I Pe. 1.23). A fé é a ação por meio da qual nos tornamos filhos de Deus, isto é, nascidos de cima - anothen em grego - (I Jo. 5.1; Jo. 3.1-3). O humano, por si só, não pode gerar a vida espiritual, apenas a biológica, pois o que é nascido da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito é espírito. Nicodemos, um mestre entre os judeus, não foi capaz de discernir essa verdade espiritual (Jo. 3.6,7). A importância dessa experiência está no fato de que por meio desse nascimento espiritual podemos desfrutar de um relacionamento amoroso com o Pai. A obediência a Deus é resultado desse relacionamento amoroso (I Jo. 5.2,3). Também como resultado desse amor a Deus, como já estudamos em lições anteriores, estaremos dispostos ao sacrifício pelos irmãos (I Jo. 3.16-18). A obediência em amor é uma prática comum naquele que nasceu de Deus, como destacou o Senhor (Jo. 14.15,21).
2. O TESTEMUNHO INTERIOR E EXTERIOR
O testemunho interior diz respeito à convicção do crente quanto a essa filiação divina (Rm. 8.14-19; I Jô. 5.9,10). Os reformadores se referiam a esse testemunho interior com a expressão latina - testimonium internum Spirtus Santi. Esse testemunho interno do Espírito Santo atua em consonância com o testemunho exterior, pois Deus, pela Palavra, nos identifica como filhos em Cristo (Jo. 5.31; 8.14). Assim, na medida em que lemos a Bíblia, temos contato com o testemunho exterior, com a mensagem do evangelho de Cristo, a qual, firmada em nossos corações, pela fé, gera o nascimento que vem de Deus. O Espírito e a Palavra, internamente e externamente, testemunham a respeito da filiação, por meio do qual clamamos Aba, Pai (Rm. 8.15; Gl. 4.6). Essa não é uma revelação facilmente explicável, trata-se de um mistério que precisa ser experimentado pela fé. Somente aqueles que ouvem a Palavra de Deus são de Deus, porque o Espírito testifica neles que são, de fato, nascidos de Deus (Mt. 13.20-22; Jo. 8.47). O testemunho de Deus nos dá a certeza de vida eterna, pois quem tem o Filho tem a vida, por sua vez, quem não tem o filho não tem a vida (I Jo. 5.11,12).
3. O TRÍPLICE TESTEMUNHO
João destaca que são três que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue (I Jo. 5.7). A esse respeito é necessário lembrar que de acordo com a lei era preciso duas ou três testemunhas para que um testemunho fosse legitimado (Dt. 19.15; Nm. 35.30; Dt. 17.6,7). O testemunho do Espírito se deu no ato do Batismo, em sua manifestação visível como uma pomba (Mt. 3.16). A água diz respeito àquela que saiu do lado de Jesus após a morte, e o sangue, ao que fora derramado quando Cristo entregou a si mesmo como sacrifício vicário (Jo. 19.34). A ressurreição de Cristo é testemunha do recebimento do sacrifício (Hb. 13.12; I Pe. 3.21) e da condição de Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jô. 1.9). Testemunho maior, no entanto, é o do Pai, pois, do céu, bradou: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt. 3.17). Uma vez que os apóstolos não mais estão entre nós atualmente, os crentes têm acesso a esses testemunhos pela Escrituras, a Palavra de Deus, que atua em nós pelo Espírito Santo (Jo. 5.37-47).
CONCLUSÃO
Todo aquele que é nascido de Deus tem o testemunho de Deus, pela Palavra (externo), e do Espírito (interno), no crente, que, de fato, é filho de Deus. Ser filho de Deus é um grande privilégio e também uma responsabilidade. Desfrutamos, ao mesmo tempo, das credenciais de um filho e do encargo de um filho do Pai, devemos, portanto, ter características espirituais dEle, a principal, o amor. Podemos ter essa confiança porque Cristo, o Eterno Filho de Deus, se fez carne, cujos testemunhos podem ser encontrados na Escritura, quando, no ato de Seu batismo e morte, testemunharam aqueles que viram a pomba, a água e o sangue sendo derramados. Maior testemunho, porém, é o do próprio Deus, que O reconhece como Filho Amado.
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Lição 11
O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
Texto Áureo: Jo. 13.35 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 4.7-16
Objetivo: Mostrar que a prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da nossa salvação.
INTRODUÇÃO
João, o autor do Evangelho que traz o seu nome e o da Epístola objeto de estudo neste trimestre, é conhecido como o discípulo amado. Essa atribuição é justificada porque esse apóstolo de Jesus expressa, com entusiasmo, o valor do amor genuinamente cristão. Com base nessa premissa, estudaremos, na lição de hoje, um pouco mais a respeito do amor. Enfocaremos, especificamente, o amor cristão a Deus e ao próximo, máxima defendida por Jesus quando questionado pelos líderes e mestres religiosos a respeito da observância ao maior dos mandamentos (Mt. 22.36-40).
1. DEFINIÇÕES BÍBLICAS DE AMOR
Existem duas palavras comumente usadas no Novo Testamento grego para “amor”: são elas phileo e ágape. Em alguns contextos, phileo é utilizado prioritariamente como afeição. No sentido de afeição, phileo é encontrado em Jo. 15.19; Tt. 3.15. Phileo, ao contrário do que dizem alguns pregadores, é também sinônimo do amor divino (Jo. 5.20; 16.27), basta dizer, como exemplo, que Jesus ama (phileo) as pessoas individualmente (Jo. 11.3,36; 20.2). Ainda que, conforme lemos em Ap. 3.19, não isenta aquele que é amado de ser corrigido pelo Senhor. O termo mais amplo usado no Novo Testamento grego para amor, porém, é ágape. (Mt. 24.12; Rm. 12.9; 13.10; I Co. 8.1; Gl. 5.22). Uma das características centrais desse tipo de amor é o sacrifício próprio em prol do outro (Jo. 15.13; I Co. 13.4,8,13; I Jo. 3.12; 4.10,18; II Jo. 6; I Co. 14.1; II Co. 6.6; 8.7). O agape, grosso modo, se refere ao amor dado por Deus e moldado pelo Espírito Santo e que guia a conduta cristã. Esse amor é uma qualidade divina (Jo. 15.10) derramada em nossos corações (Rm. 5.5) que nos vivifica em Cristo (Ef. 2.4; 3.17; I Jo. 4.9) e nos posiciona como filhos (I Jo. 3.1). O próprio Deus é ágape (I Jo. 4.8) e é reconhecido como o Deus de amor (II Co. 13.11,11; II Ts. 3.5; II Jo. 3; Jd. 2).
2. O AMOR DE DEUS PELA HUMANIDADE
Ao longo do texto, João mostra que o amor a Deus e ao próximo estão interligados. Qualquer separação nesse sentido, como fizemos nesta lição, tem fins meramente didáticos. A base para a ordenança do amor cristão está na própria natureza divina, pois Deus é amor (I Jo. 1.7,8). Assim, todo aquele que é nascido de Deus, isto é, que procede de Deus, ama tanto a Deus quanto ao seu próximo. Amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro e o provou enviando Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade (Jo. 3.16; I Jo. 4.9,10). Antes estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas Ele nos amou e nos atraiu para Si. Cristo Jesus é o Dom inefável de Deus, é a manifestação do excelso amor divino. Como Paulo, temos razões para agradecer a essa dádiva inefável (II Co. 9.15). Amamos a Deus porque Ele nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes, o entregou por nós (Rm. 5.8). De modo que nada, obsolutamente nenhuma criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm. 8.31-39).
3. O CRISTÃO E O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
João deixa claro, a princípio, que amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. Mas não podemos, por outro lado, dizer que amamos a Deus e não demonstramos amor ao próximo. O Apóstolo argumenta que é mais fácil amar os homens do que a Deus, portanto, se não existe amor pelos homens, também não haverá amor a Deus. A verdade é que não podemos amar a Deus, a menos que também amemos ao próximo. Quando Jesus contou a parábola em resposta ao grande mandamento, distinguiu, entre outros, o distanciamento dos religiosos de sua época do amor ao próximo. Eles estavam mais preocupados com os seus compromissos do que na preservação daquele homem que se encontrava jogado após ter sido assaltado. A religiosidade humana pode conduzir o ser humano com facilidade para tanto para o fanatismo quando ao formalismo.
CONCLUSÃO
Jesus, citando Dt. 6.4 e Lv. 19.18, instrui seus discípulos para que mantivessem o equilíbrio no amor (Mt. 22.40). Para tanto, eles deveriam – e ainda devem – amar a Deus, ao próximo e a si mesmos. Esse é o tripé da comunhão cristão, por isso, quando há apenas amor a Deus, o resultado é o fanatismo, ao próximo, a conseqüência é o filantropismo, e a si mesmo, o mal do egoísmo. O amor cristão é a maior apologética, ele é, ao mesmo tempo, um mandamento e uma conseqüência daquele que é nascido de Deus.
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: Jo. 13.35 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 4.7-16
Objetivo: Mostrar que a prática do amor cristão é uma ordenança divina, e a principal evidência da nossa salvação.
INTRODUÇÃO
João, o autor do Evangelho que traz o seu nome e o da Epístola objeto de estudo neste trimestre, é conhecido como o discípulo amado. Essa atribuição é justificada porque esse apóstolo de Jesus expressa, com entusiasmo, o valor do amor genuinamente cristão. Com base nessa premissa, estudaremos, na lição de hoje, um pouco mais a respeito do amor. Enfocaremos, especificamente, o amor cristão a Deus e ao próximo, máxima defendida por Jesus quando questionado pelos líderes e mestres religiosos a respeito da observância ao maior dos mandamentos (Mt. 22.36-40).
1. DEFINIÇÕES BÍBLICAS DE AMOR
Existem duas palavras comumente usadas no Novo Testamento grego para “amor”: são elas phileo e ágape. Em alguns contextos, phileo é utilizado prioritariamente como afeição. No sentido de afeição, phileo é encontrado em Jo. 15.19; Tt. 3.15. Phileo, ao contrário do que dizem alguns pregadores, é também sinônimo do amor divino (Jo. 5.20; 16.27), basta dizer, como exemplo, que Jesus ama (phileo) as pessoas individualmente (Jo. 11.3,36; 20.2). Ainda que, conforme lemos em Ap. 3.19, não isenta aquele que é amado de ser corrigido pelo Senhor. O termo mais amplo usado no Novo Testamento grego para amor, porém, é ágape. (Mt. 24.12; Rm. 12.9; 13.10; I Co. 8.1; Gl. 5.22). Uma das características centrais desse tipo de amor é o sacrifício próprio em prol do outro (Jo. 15.13; I Co. 13.4,8,13; I Jo. 3.12; 4.10,18; II Jo. 6; I Co. 14.1; II Co. 6.6; 8.7). O agape, grosso modo, se refere ao amor dado por Deus e moldado pelo Espírito Santo e que guia a conduta cristã. Esse amor é uma qualidade divina (Jo. 15.10) derramada em nossos corações (Rm. 5.5) que nos vivifica em Cristo (Ef. 2.4; 3.17; I Jo. 4.9) e nos posiciona como filhos (I Jo. 3.1). O próprio Deus é ágape (I Jo. 4.8) e é reconhecido como o Deus de amor (II Co. 13.11,11; II Ts. 3.5; II Jo. 3; Jd. 2).
2. O AMOR DE DEUS PELA HUMANIDADE
Ao longo do texto, João mostra que o amor a Deus e ao próximo estão interligados. Qualquer separação nesse sentido, como fizemos nesta lição, tem fins meramente didáticos. A base para a ordenança do amor cristão está na própria natureza divina, pois Deus é amor (I Jo. 1.7,8). Assim, todo aquele que é nascido de Deus, isto é, que procede de Deus, ama tanto a Deus quanto ao seu próximo. Amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro e o provou enviando Seu Filho para morrer pelos pecados da humanidade (Jo. 3.16; I Jo. 4.9,10). Antes estávamos mortos em nossos delitos e pecados, mas Ele nos amou e nos atraiu para Si. Cristo Jesus é o Dom inefável de Deus, é a manifestação do excelso amor divino. Como Paulo, temos razões para agradecer a essa dádiva inefável (II Co. 9.15). Amamos a Deus porque Ele nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes, o entregou por nós (Rm. 5.8). De modo que nada, obsolutamente nenhuma criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm. 8.31-39).
3. O CRISTÃO E O AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
João deixa claro, a princípio, que amamos a Deus porque Ele nos amou primeiro. Mas não podemos, por outro lado, dizer que amamos a Deus e não demonstramos amor ao próximo. O Apóstolo argumenta que é mais fácil amar os homens do que a Deus, portanto, se não existe amor pelos homens, também não haverá amor a Deus. A verdade é que não podemos amar a Deus, a menos que também amemos ao próximo. Quando Jesus contou a parábola em resposta ao grande mandamento, distinguiu, entre outros, o distanciamento dos religiosos de sua época do amor ao próximo. Eles estavam mais preocupados com os seus compromissos do que na preservação daquele homem que se encontrava jogado após ter sido assaltado. A religiosidade humana pode conduzir o ser humano com facilidade para tanto para o fanatismo quando ao formalismo.
CONCLUSÃO
Jesus, citando Dt. 6.4 e Lv. 19.18, instrui seus discípulos para que mantivessem o equilíbrio no amor (Mt. 22.40). Para tanto, eles deveriam – e ainda devem – amar a Deus, ao próximo e a si mesmos. Esse é o tripé da comunhão cristão, por isso, quando há apenas amor a Deus, o resultado é o fanatismo, ao próximo, a conseqüência é o filantropismo, e a si mesmo, o mal do egoísmo. O amor cristão é a maior apologética, ele é, ao mesmo tempo, um mandamento e uma conseqüência daquele que é nascido de Deus.
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Lição 10
OS FALSOS PROFETAS
Texto Áureo: Mt. 7.15 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 4.1-6
Objetivo: Mostrar que o conhecimento e a prática da Palavra de Deus nos tornarão aptos a identificar e refutar as doutrinas dos falsos profetas.
INTRODUÇÃO
Nos tempos de João, os falsos profetas se infiltraram na igreja e passaram a propagar doutrinas enganadoras. A mesma realidade acontece nos dias atuais, por isso, a fim de alertar a igreja contra os propagadores da mentira, estudaremos, na lição de hoje, a respeito da atuação desses falsos profetas. Em seguida, refletiremos a respeito do discernimento espiritual diante dos falsos profetas. E ao final, destacaremos o valor do conhecimento e da prática da Palavra de Deus enquanto fundamentos essenciais para refutar os ensinamentos falsos.
1. OS FALSOS PROFETAS NA EPÍSTOLA
Os falsos profetas se inserem na igreja a fim de macular a paz e o amor que há em Cristo. Para evitar que isso acontecesse, João escreveu aos crentes e alerta-os para que “não deis crédito a qualquer espírito” (v. 1). Esses falsos profetas, conforme estudamos em aulas anteriores, eram os adeptos do Gnosticismo. A partir da filosofia grega, argumentavam que a matéria era má, por isso, Cristo não poderia ter-se feito carne. Também participavam de práticas pecaminosas sem qualquer temor a Deus, pois achavam que, ao morrerem, os pecados seriam julgados através da destruição do corpo, enquanto que o espírito seria salvo. Esses falsos profetas, baseados num conhecimento que julgavam superior, a gnose - cultuavam a si mesmos, eram arrogantes, ufanavam-se em achar que eram melhores do que os outros, mas lhes faltava o essencial: o amor genuinamente cristão – o ágape. Os falsos profetas eram mundanos, serviam ao deus deste século, amavam a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo. 2.16,17). Por esse motivo, a igreja não poderia dar crédito a eles (I Jo. 2.7,8), e muito menos amar o mundo que eles amavam (I Jo. 2.15). A igreja precisa ser cautelosa em relação aos falsos profetas, pois Jesus nos advertiu a respeito deles (Mt. 7.15; Mc. 13.22,23), bem como os apóstolos Paulo (At. 20.28-30) e Pedro (II Pe. 2.1).
2. O DISCERNIMENTO DOS FALSOS PROFETAS
Não devemos dar crédito a todo espírito, na verdade, esse tipo de incredulidade é sinal de maturidade cristã. É preciso provar os espíritos, não apenas moralmente (justiça e retidão) e socialmente (no relacionamento com os outros), mas também teologicamente (no conteúdo do ensino). A esse respeito, é válido o critério cristológico, ou seja, avaliar o que é que os falsos profetas dizem ser Cristo (Mt. 16.13). A resposta à pergunta deva ser a confissão para saber se, de fato, trata-se de um conhecimento revelado (Mt. 16.17) ou de mera especulação humana (Mt. 16.14). A confissão não pode ser outra senão a de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Verbo que se fez Carne (I Jo. 1.1; Jo. 1.1). Esse teste joanino encontra eco nas palavras de Paulo em I Co. 12.3, afirmando que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. Esse ensinamento é fundamental para o cristianismo. Não por acaso os religiosos dos tempos de Jesus já expulsavam as pessoas da Sinagoga caso elas reconhecessem o Senhor como o Cristo (Jo. 9.22). Como o monoteísmo era o ensinamento fundamental do judaísmo (Dt. 13), a encarnação do Verbo é a doutrina basilar do cristianismo (I Jo. 4.2), ainda que esse, como aquele, também seja monoteísta (Jo. 10.30; 17.22).
3. CONHECENDO E PRATICANDO A PALAVRA
Aqueles que conhecem a Deus não se deixam enganar pelos falsos profetas (I Jô. 4.4). Esse conhecimento, entretanto, não é resultado do mero experiencialismo. O conhecimento de Deus pressupõe Espírito e Verdade (Jo. 4.24). A unção do Espírito precisa estar sobre os crentes, mas esse não atua distanciado da Palavra, que é a verdade. O Espírito é o Maior que está em nós, o qual, pela Palavra, vence o que está no mundo (I Jo. 4.6). A igreja de Cristo é apostólica, isto é, está fundamentada no ensinamento dos apóstolos. Eles testemunharam a vida, morte e ressurreição de Cristo. O Espírito Santo os inspirou para escrever a Bíblia (II Tm. 3.16,17), portanto, não podemos nos apartar da mensagem desse livro (I Tm. 4.15). Através da mensagem bíblica ouvimos a voz de Jesus (Jo. 10.4,5,8,16,26,27) e demonstramos que amamos a verdade (Jo. 18.37) e que somos de Deus porque ouvimos Suas palavras (Jo. 8.47). Do mesmo modo que os crentes a quem João endereçou sua Carta, nós, podemos vencer as ciladas armadas pelo Inimigo através dos falsos profetas. Para tanto, precisamos manter a mente alicerçada na Palavra de Deus, mas não apenas a mente, também a vida, na medida em desenvolvemos uma prática de vida condizente ao que nos instrui a Palavra.
CONCLUSÃO
Os falsos profetas propagam suas mensagens no seio eclesiástico. Muitos dos seus ensinamentos são tão sutis que encontram guarida entre os cristãos mais fervorosos. Para que não sejamos facilmente conduzidos pelo espírito engano (I Jo. 4.1), é preciso depender da Palavra de Deus e da iluminação do Espírito Santo (I Jo. 2.20,27). Ainda que o Espírito possa revelar à igreja, através do dom de discernimento (I Co. 12.10; At. 16.16-18), não podemos nos afastar da Palavra de Deus, pois ela é o critério fundamental na identificação e refutação das profecias falsas (Gl. 1.6-9).
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: Mt. 7.15 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 4.1-6
Objetivo: Mostrar que o conhecimento e a prática da Palavra de Deus nos tornarão aptos a identificar e refutar as doutrinas dos falsos profetas.
INTRODUÇÃO
Nos tempos de João, os falsos profetas se infiltraram na igreja e passaram a propagar doutrinas enganadoras. A mesma realidade acontece nos dias atuais, por isso, a fim de alertar a igreja contra os propagadores da mentira, estudaremos, na lição de hoje, a respeito da atuação desses falsos profetas. Em seguida, refletiremos a respeito do discernimento espiritual diante dos falsos profetas. E ao final, destacaremos o valor do conhecimento e da prática da Palavra de Deus enquanto fundamentos essenciais para refutar os ensinamentos falsos.
1. OS FALSOS PROFETAS NA EPÍSTOLA
Os falsos profetas se inserem na igreja a fim de macular a paz e o amor que há em Cristo. Para evitar que isso acontecesse, João escreveu aos crentes e alerta-os para que “não deis crédito a qualquer espírito” (v. 1). Esses falsos profetas, conforme estudamos em aulas anteriores, eram os adeptos do Gnosticismo. A partir da filosofia grega, argumentavam que a matéria era má, por isso, Cristo não poderia ter-se feito carne. Também participavam de práticas pecaminosas sem qualquer temor a Deus, pois achavam que, ao morrerem, os pecados seriam julgados através da destruição do corpo, enquanto que o espírito seria salvo. Esses falsos profetas, baseados num conhecimento que julgavam superior, a gnose - cultuavam a si mesmos, eram arrogantes, ufanavam-se em achar que eram melhores do que os outros, mas lhes faltava o essencial: o amor genuinamente cristão – o ágape. Os falsos profetas eram mundanos, serviam ao deus deste século, amavam a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (I Jo. 2.16,17). Por esse motivo, a igreja não poderia dar crédito a eles (I Jo. 2.7,8), e muito menos amar o mundo que eles amavam (I Jo. 2.15). A igreja precisa ser cautelosa em relação aos falsos profetas, pois Jesus nos advertiu a respeito deles (Mt. 7.15; Mc. 13.22,23), bem como os apóstolos Paulo (At. 20.28-30) e Pedro (II Pe. 2.1).
2. O DISCERNIMENTO DOS FALSOS PROFETAS
Não devemos dar crédito a todo espírito, na verdade, esse tipo de incredulidade é sinal de maturidade cristã. É preciso provar os espíritos, não apenas moralmente (justiça e retidão) e socialmente (no relacionamento com os outros), mas também teologicamente (no conteúdo do ensino). A esse respeito, é válido o critério cristológico, ou seja, avaliar o que é que os falsos profetas dizem ser Cristo (Mt. 16.13). A resposta à pergunta deva ser a confissão para saber se, de fato, trata-se de um conhecimento revelado (Mt. 16.17) ou de mera especulação humana (Mt. 16.14). A confissão não pode ser outra senão a de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, o Verbo que se fez Carne (I Jo. 1.1; Jo. 1.1). Esse teste joanino encontra eco nas palavras de Paulo em I Co. 12.3, afirmando que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. Esse ensinamento é fundamental para o cristianismo. Não por acaso os religiosos dos tempos de Jesus já expulsavam as pessoas da Sinagoga caso elas reconhecessem o Senhor como o Cristo (Jo. 9.22). Como o monoteísmo era o ensinamento fundamental do judaísmo (Dt. 13), a encarnação do Verbo é a doutrina basilar do cristianismo (I Jo. 4.2), ainda que esse, como aquele, também seja monoteísta (Jo. 10.30; 17.22).
3. CONHECENDO E PRATICANDO A PALAVRA
Aqueles que conhecem a Deus não se deixam enganar pelos falsos profetas (I Jô. 4.4). Esse conhecimento, entretanto, não é resultado do mero experiencialismo. O conhecimento de Deus pressupõe Espírito e Verdade (Jo. 4.24). A unção do Espírito precisa estar sobre os crentes, mas esse não atua distanciado da Palavra, que é a verdade. O Espírito é o Maior que está em nós, o qual, pela Palavra, vence o que está no mundo (I Jo. 4.6). A igreja de Cristo é apostólica, isto é, está fundamentada no ensinamento dos apóstolos. Eles testemunharam a vida, morte e ressurreição de Cristo. O Espírito Santo os inspirou para escrever a Bíblia (II Tm. 3.16,17), portanto, não podemos nos apartar da mensagem desse livro (I Tm. 4.15). Através da mensagem bíblica ouvimos a voz de Jesus (Jo. 10.4,5,8,16,26,27) e demonstramos que amamos a verdade (Jo. 18.37) e que somos de Deus porque ouvimos Suas palavras (Jo. 8.47). Do mesmo modo que os crentes a quem João endereçou sua Carta, nós, podemos vencer as ciladas armadas pelo Inimigo através dos falsos profetas. Para tanto, precisamos manter a mente alicerçada na Palavra de Deus, mas não apenas a mente, também a vida, na medida em desenvolvemos uma prática de vida condizente ao que nos instrui a Palavra.
CONCLUSÃO
Os falsos profetas propagam suas mensagens no seio eclesiástico. Muitos dos seus ensinamentos são tão sutis que encontram guarida entre os cristãos mais fervorosos. Para que não sejamos facilmente conduzidos pelo espírito engano (I Jo. 4.1), é preciso depender da Palavra de Deus e da iluminação do Espírito Santo (I Jo. 2.20,27). Ainda que o Espírito possa revelar à igreja, através do dom de discernimento (I Co. 12.10; At. 16.16-18), não podemos nos afastar da Palavra de Deus, pois ela é o critério fundamental na identificação e refutação das profecias falsas (Gl. 1.6-9).
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Lição 9
O Crente e as Bençãos da Salvação
Texto Áureo: Fp. 2.12
Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 3.6-11
Objetivo: Mostrar que o crente não mais se encontra sobre o poder do pecado, por isso, pode viver em santificação.
INTRODUÇÃO
Conforme estudamos em lições anteriores, o pecado é uma realidade. Ainda que tentem negá-la, ela é evidente não apenas na Bíblia, bastar atentar para a vida cotidiana, ler os jornais para constatá-lo. Tão evidente é o pecado que G. H. Chesterton, famoso escritor cristão britânico, argumentava que entre as várias doutrinas cristãs, a do pecado é a mais fácil de ser comprovada. Ciente da relevância desse assunto, estudaremos, na aula de hoje, a origem do pecado. Em seguida, veremos que o pecado ainda pode atingir o cristão, mesmo que esse não mais viva sob a prática do pecado. Pelo Espírito e pela Palavra, é chamado a uma vida de santificação, e essa, certamente, é uma das bênçãos da salvação.
1. O PECADO E SUA ORIGEM
Para João, “todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei” - anomia no grego (I Jô. 3.4). Com essa verdade, o Apóstolo indica que o pecado, por sua própria natureza, é ilegalidade. Não podemos esquecer que os adeptos do espírito do Anticristo defendiam uma prática de vida imoral. Iam além, argumentando que poderiam cumprir os desejos da carne, pois não estariam transgredindo qualquer lei. Esses são os seguidores do antinomismo, os que se opõem a todo tipo regra. Buscam subterfúgios na Psicologia Moderna para justificarem suas práticas pecaminosas. Esse espírito já atuava nos tempos de João, que se opôs a tal movimento, explicitando que o pecado não é apenas um “errar o alvo” (hamartia) ou injustiça (adikia), antes a transgressão da lei do Senhor que é santa. Portanto, todo aquele que pecado não pode se eximir da culpa. A origem do pecado remete ao Diabo, pois este vive pecando desde o princípio (Jo. 8.44), desde sua rebelião contra Deus (Is. 14.14,15). Por outro lado, se a obra do Diabo é roubar, matar e destruir (Jo. 10.10), Cristo veio ao mundo para destruir suas obras (I Jo. 3.8).
2. O CRENTE E O PECADO
Em relação ao pecado do crente, João destaca que esse “não vive na prática do pecado”. Algumas traduções dizem “não peca”, mas a versão anterior é mais apropriada, principalmente quando atentamos para o verbo grego que se encontra no presente. Além disso, essa afirmação não se coadunaria com a declaração joanina (I Jo. 1.8-10) que o crente pode pecar, ainda que não deva (I Jo. 2.1). O motivo para que o crente não viva em pecado é que “permanece nele a divina semente e porque é nascido de Deus”. É a semente de Deus no interior do crente que faz com que ele ou ela não mais continue vivendo em pecado (II Co. 5.17; II Pe. 1.4). Essa mensagem de João é contrária a que era defendida pelos adeptos do gnosticismo. Tal doutrina tem se instaurado no seio de determinadas igrejas evangélicas atuais. Há quem defenda que Deus perdoa a todos, portanto, o pecado não é problema. Muitos “evangélicos” hoje em dia defendem uma vida desregrada entre os cristãos, assumindo que a graça de Deus cobre todos os pecados. Aqueles que têm a semente - a Palavra de Deus - não se deixam corromper, o pecado não mais os atrai, pois foram gerados de Deus e investem na santificação (I Pe. 1.23)
3. O CRENTE E A SANTIFICAÇÃO
João, ao longo de toda sua Carta, conclama os crentes à santificação. Isso porque a fé cristã não se coaduna com a prática do pecado. Por isso é preciso escolher entre uma vida santa e uma vida pecaminosa. Cientes que aqueles que vivem no pecado não podem dizer que são filhos de Deus, antes são filhos do Diabo (I Jô. 3.7). Não podemos esquecer que o Diabo é o Pai da Mentira e Jesus, com muita ousadia, revelou que aqueles que são escravos do pecado são filhos do Diabo (Jo. 8.44). Não existe, por assim dizer, um meio termo, ou se é filho de Deus - nascido de cima, pela Palavra - ou se é filho do Diabo - quando se vive na constante prática do pecado. Devemos observar também que a manifestação da filiação divina se dá através da prática do amor (I Jo. 3.10). Aquele que diz ser filho de Deus só manifesta ódio, discórdia e desavença pelos irmãos ainda está nas obras da carne (Gl. 519-21). Uma vida de santificação é resultado de uma caminhada no Espírito (Rm. que produz em nós o Seu fruto (Gl. 5.22). Essa é uma transformação que ocorre paulatinamente, resultante de um processo de vivência controlado pela experiência com Deus (Gl. 5.16). Esse é o caminho sobremodo excelente do qual Paulo falou aos crentes de Corinto (I Co. 13).
CONCLUSÃO
Como resultado da Queda (Gn. 3), o ser humano tornou-se pecador. Todo, portanto, pecaram (Rm. 3.23) e o salário do pecado é a morte, mas a dom da vida eterna se manifestou gratuitamente em Cristo Jesus (Rm. 6.23). Por que Ele nos deu a vida, nos tornou filhos de Deus (Jo. 1.12), agora, recebemos o Espírito de Adoção (Gl. Rm. 8.15; Gl. 4.5), por meio do qual clamamos Aba, Pai. Como filhos amados de Deus, somos chamados a viver nas boas obras que Ele designou para que andássemos nelas (Ef. 2.10). Somos salvos pela fé, não pelas obras da lei, mas, pela fé, obedecemos a Palavra de Deus, vivemos em santificação (R. 6.19,22; II Co. 7.1; I Ts. 4.3-7; Hb. 12.14).
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: Fp. 2.12
Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 3.6-11
Objetivo: Mostrar que o crente não mais se encontra sobre o poder do pecado, por isso, pode viver em santificação.
INTRODUÇÃO
Conforme estudamos em lições anteriores, o pecado é uma realidade. Ainda que tentem negá-la, ela é evidente não apenas na Bíblia, bastar atentar para a vida cotidiana, ler os jornais para constatá-lo. Tão evidente é o pecado que G. H. Chesterton, famoso escritor cristão britânico, argumentava que entre as várias doutrinas cristãs, a do pecado é a mais fácil de ser comprovada. Ciente da relevância desse assunto, estudaremos, na aula de hoje, a origem do pecado. Em seguida, veremos que o pecado ainda pode atingir o cristão, mesmo que esse não mais viva sob a prática do pecado. Pelo Espírito e pela Palavra, é chamado a uma vida de santificação, e essa, certamente, é uma das bênçãos da salvação.
1. O PECADO E SUA ORIGEM
Para João, “todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei; porque o pecado é a transgressão da lei” - anomia no grego (I Jô. 3.4). Com essa verdade, o Apóstolo indica que o pecado, por sua própria natureza, é ilegalidade. Não podemos esquecer que os adeptos do espírito do Anticristo defendiam uma prática de vida imoral. Iam além, argumentando que poderiam cumprir os desejos da carne, pois não estariam transgredindo qualquer lei. Esses são os seguidores do antinomismo, os que se opõem a todo tipo regra. Buscam subterfúgios na Psicologia Moderna para justificarem suas práticas pecaminosas. Esse espírito já atuava nos tempos de João, que se opôs a tal movimento, explicitando que o pecado não é apenas um “errar o alvo” (hamartia) ou injustiça (adikia), antes a transgressão da lei do Senhor que é santa. Portanto, todo aquele que pecado não pode se eximir da culpa. A origem do pecado remete ao Diabo, pois este vive pecando desde o princípio (Jo. 8.44), desde sua rebelião contra Deus (Is. 14.14,15). Por outro lado, se a obra do Diabo é roubar, matar e destruir (Jo. 10.10), Cristo veio ao mundo para destruir suas obras (I Jo. 3.8).
2. O CRENTE E O PECADO
Em relação ao pecado do crente, João destaca que esse “não vive na prática do pecado”. Algumas traduções dizem “não peca”, mas a versão anterior é mais apropriada, principalmente quando atentamos para o verbo grego que se encontra no presente. Além disso, essa afirmação não se coadunaria com a declaração joanina (I Jo. 1.8-10) que o crente pode pecar, ainda que não deva (I Jo. 2.1). O motivo para que o crente não viva em pecado é que “permanece nele a divina semente e porque é nascido de Deus”. É a semente de Deus no interior do crente que faz com que ele ou ela não mais continue vivendo em pecado (II Co. 5.17; II Pe. 1.4). Essa mensagem de João é contrária a que era defendida pelos adeptos do gnosticismo. Tal doutrina tem se instaurado no seio de determinadas igrejas evangélicas atuais. Há quem defenda que Deus perdoa a todos, portanto, o pecado não é problema. Muitos “evangélicos” hoje em dia defendem uma vida desregrada entre os cristãos, assumindo que a graça de Deus cobre todos os pecados. Aqueles que têm a semente - a Palavra de Deus - não se deixam corromper, o pecado não mais os atrai, pois foram gerados de Deus e investem na santificação (I Pe. 1.23)
3. O CRENTE E A SANTIFICAÇÃO
João, ao longo de toda sua Carta, conclama os crentes à santificação. Isso porque a fé cristã não se coaduna com a prática do pecado. Por isso é preciso escolher entre uma vida santa e uma vida pecaminosa. Cientes que aqueles que vivem no pecado não podem dizer que são filhos de Deus, antes são filhos do Diabo (I Jô. 3.7). Não podemos esquecer que o Diabo é o Pai da Mentira e Jesus, com muita ousadia, revelou que aqueles que são escravos do pecado são filhos do Diabo (Jo. 8.44). Não existe, por assim dizer, um meio termo, ou se é filho de Deus - nascido de cima, pela Palavra - ou se é filho do Diabo - quando se vive na constante prática do pecado. Devemos observar também que a manifestação da filiação divina se dá através da prática do amor (I Jo. 3.10). Aquele que diz ser filho de Deus só manifesta ódio, discórdia e desavença pelos irmãos ainda está nas obras da carne (Gl. 519-21). Uma vida de santificação é resultado de uma caminhada no Espírito (Rm. que produz em nós o Seu fruto (Gl. 5.22). Essa é uma transformação que ocorre paulatinamente, resultante de um processo de vivência controlado pela experiência com Deus (Gl. 5.16). Esse é o caminho sobremodo excelente do qual Paulo falou aos crentes de Corinto (I Co. 13).
CONCLUSÃO
Como resultado da Queda (Gn. 3), o ser humano tornou-se pecador. Todo, portanto, pecaram (Rm. 3.23) e o salário do pecado é a morte, mas a dom da vida eterna se manifestou gratuitamente em Cristo Jesus (Rm. 6.23). Por que Ele nos deu a vida, nos tornou filhos de Deus (Jo. 1.12), agora, recebemos o Espírito de Adoção (Gl. Rm. 8.15; Gl. 4.5), por meio do qual clamamos Aba, Pai. Como filhos amados de Deus, somos chamados a viver nas boas obras que Ele designou para que andássemos nelas (Ef. 2.10). Somos salvos pela fé, não pelas obras da lei, mas, pela fé, obedecemos a Palavra de Deus, vivemos em santificação (R. 6.19,22; II Co. 7.1; I Ts. 4.3-7; Hb. 12.14).
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Lição 8
A NOSSA ETERNA SALVAÇÃO
Texto Áureo: Jo. 3.16 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 3.1-5; Rm. 8.14-17
Objetivo: Mostrar que somente o imensurável amor de Deus poderia elevar o pecador convertido à condição de santo, justo e filho de Deus para que esse possa ter a vida eterna.
INTRODUÇÃO
João afirma que o mundo jaz – isto é – está morto no maligno (I Jo. 5.19). Os crentes, por sua vez, têm vida eterna (I Jo. 2.25). A razão dessa vida, conforme estudaremos na lição de hoje, tem a ver com a filiação ao Pai que nos ama em Cristo. Porque Ele nos ama, será um dia transformados (I Ts. 4.13-17). Quando isso acontecer, a morte será tragada na vitória, e glorificados, desfrutaremos da plenitude da vida eterna (I JO. 5.11,13).
1. FILHOS AMADOS DE DEUS
Não por acaso João chama seus leitores de “amados” ao longo da sua carta. Os crentes são amados do Pai, já que agora somos filhos de Deus, nascidos de cima (Jo. 3.3). O Apóstolo assume essa declaração com admiração, pois agora somos não apenas criaturas, mas filhos de Deus. Isso aconteceu porque a todos quantos receberam Jesus deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus (Jo. 1.12,12). A partir de então, o Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos amados de Deus (Rm. 8.14-17,21; 9.25,26). E esse mesmo Espírito opera em nós, também, por meio dEle fomos adotados e clamamos Aba, Pai (Gl. 4.6). Porque somos filhos de Deus, o mundo nos aborrece, porquanto não conhece o Pai (Jô. 15.18,19; 16.3; 17.25; Cl. 3.3). Conforme estudamos na lição passada, os crentes e o mundo são incompatíveis (I Co. 2.15,16). Como aconteceu com Cristo, enquanto estivermos no corpo a vida estará oculta em Deus (Cl. 3.3). A filiação do cristão é real, mas ainda não é visível (Rm. 8.19).
2. QUE NOS TRANSFORMARÁ
Como filhos amados do Pai ainda não somos o que haveremos de ser (v. 2). O mundo tão somente nos conhece como somos, mas não vê como seremos plenamente. Existem muitas especulações a respeito de como seremos na eternidade. Todas elas são apenas sombras, e, em muitos casos, meras fantasias. Somente sabemos aquilo que o Senhor nos revelou em Sua palavra (Dt. 3.24; I Co. 13.8-12). Nos é revelado que um dia Jesus haverá de se manifestar e quando isso acontecer seremos semelhantes a Ele (Fp. 3.21; I Co. 15.49). Então seremos glorificados com Ele (Rm. 8.17; Cl. 3.4). A Paulo foi revelado que quando esse tabernáculo físico se desfizer, estaremos no céu com Cristo (II Co. 5.8; Fp. 1.23; Cl. 3.4; I Ts. 4.17). Essa é a bendita esperança da igreja do Senhor Jesus Cristo (Tt. 2.13). A volta dEle para arrebatar Sua igreja para estar para sempre com Ele, pois há de vir como para o céu os discípulos O viram ir (At. 1.11). Ele mesmo prometeu que iria prepara lugar para aqueles que O seguem (Jo. 14.1). Nesse dia, quando formos plenamente como Ele é, O veremos face a face (I Co. 13.12).
3. E DARÁ VIDA ETERNA
A vida eterna, nos escritos de João, ressalta sua possibilidade de experiência já na vida presente através de Jesus Cristo (Jo. 5.24; 11.25-26; I Jo. 3.14). O propósito central desse Apóstolo, ao escrever o evangelho, é produzir vida eterna nos seus leitores (Jô. 20.31). Paulo também reforça o ensinamento que a vida eterna pode ser desfrutada já no presente (Rm. 6.4; 8.6,10), ainda que tanto para um quanto para o outro, a plenitude da vida eterna será desfrutada no futuro (II Co. 5.4). O Apocalipse revela que será na nova criação que a vida eterna se manifestará, onde o cristão poderá comer livremente da árvore da vida (Ap. 22.4,14) e beber da água da vida (Ap. 22.7). Tanto a árvore quanto a água da vida apontam para Cristo que, no Novo Testamento, é associado com a vida eterna. Ele é o pão da vida (Jô. 6.35,48), o caminho a verdade e a vida (Jô. 14.6), o autor da vida (At. 3.15), e a vida dos crentes (Cl. 3.4) e Aquele que tem o poder indestrutível da vida (Hb. 7.16). Em Jo. 6.68 está escrito que Jesus tem palavras de vida eterna e em Jô. 17.2 que Ele tem autoridade para dar a vida eterna.
CONCLUSÃO
Que notícia admirável: fomos feitos filhos amados do Pai, agora temos o Espírito através do qual clamamos Aba. Através desse ato de filiação, Deus não apenas nos fez filhos dEle, mas também nos deu a vida eterna em Cristo Jesus, que é a Ressurreição e a Vida. No futuro, na glorificação do corpo, desfrutaremos da plenitude da Vida. Naquele momento, o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade e estaremos para sempre com o Senhor e O veremos como Ele é. Aleluia!
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: Jo. 3.16 - Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 3.1-5; Rm. 8.14-17
Objetivo: Mostrar que somente o imensurável amor de Deus poderia elevar o pecador convertido à condição de santo, justo e filho de Deus para que esse possa ter a vida eterna.
INTRODUÇÃO
João afirma que o mundo jaz – isto é – está morto no maligno (I Jo. 5.19). Os crentes, por sua vez, têm vida eterna (I Jo. 2.25). A razão dessa vida, conforme estudaremos na lição de hoje, tem a ver com a filiação ao Pai que nos ama em Cristo. Porque Ele nos ama, será um dia transformados (I Ts. 4.13-17). Quando isso acontecer, a morte será tragada na vitória, e glorificados, desfrutaremos da plenitude da vida eterna (I JO. 5.11,13).
1. FILHOS AMADOS DE DEUS
Não por acaso João chama seus leitores de “amados” ao longo da sua carta. Os crentes são amados do Pai, já que agora somos filhos de Deus, nascidos de cima (Jo. 3.3). O Apóstolo assume essa declaração com admiração, pois agora somos não apenas criaturas, mas filhos de Deus. Isso aconteceu porque a todos quantos receberam Jesus deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus (Jo. 1.12,12). A partir de então, o Espírito Santo testifica com o nosso espírito que somos filhos amados de Deus (Rm. 8.14-17,21; 9.25,26). E esse mesmo Espírito opera em nós, também, por meio dEle fomos adotados e clamamos Aba, Pai (Gl. 4.6). Porque somos filhos de Deus, o mundo nos aborrece, porquanto não conhece o Pai (Jô. 15.18,19; 16.3; 17.25; Cl. 3.3). Conforme estudamos na lição passada, os crentes e o mundo são incompatíveis (I Co. 2.15,16). Como aconteceu com Cristo, enquanto estivermos no corpo a vida estará oculta em Deus (Cl. 3.3). A filiação do cristão é real, mas ainda não é visível (Rm. 8.19).
2. QUE NOS TRANSFORMARÁ
Como filhos amados do Pai ainda não somos o que haveremos de ser (v. 2). O mundo tão somente nos conhece como somos, mas não vê como seremos plenamente. Existem muitas especulações a respeito de como seremos na eternidade. Todas elas são apenas sombras, e, em muitos casos, meras fantasias. Somente sabemos aquilo que o Senhor nos revelou em Sua palavra (Dt. 3.24; I Co. 13.8-12). Nos é revelado que um dia Jesus haverá de se manifestar e quando isso acontecer seremos semelhantes a Ele (Fp. 3.21; I Co. 15.49). Então seremos glorificados com Ele (Rm. 8.17; Cl. 3.4). A Paulo foi revelado que quando esse tabernáculo físico se desfizer, estaremos no céu com Cristo (II Co. 5.8; Fp. 1.23; Cl. 3.4; I Ts. 4.17). Essa é a bendita esperança da igreja do Senhor Jesus Cristo (Tt. 2.13). A volta dEle para arrebatar Sua igreja para estar para sempre com Ele, pois há de vir como para o céu os discípulos O viram ir (At. 1.11). Ele mesmo prometeu que iria prepara lugar para aqueles que O seguem (Jo. 14.1). Nesse dia, quando formos plenamente como Ele é, O veremos face a face (I Co. 13.12).
3. E DARÁ VIDA ETERNA
A vida eterna, nos escritos de João, ressalta sua possibilidade de experiência já na vida presente através de Jesus Cristo (Jo. 5.24; 11.25-26; I Jo. 3.14). O propósito central desse Apóstolo, ao escrever o evangelho, é produzir vida eterna nos seus leitores (Jô. 20.31). Paulo também reforça o ensinamento que a vida eterna pode ser desfrutada já no presente (Rm. 6.4; 8.6,10), ainda que tanto para um quanto para o outro, a plenitude da vida eterna será desfrutada no futuro (II Co. 5.4). O Apocalipse revela que será na nova criação que a vida eterna se manifestará, onde o cristão poderá comer livremente da árvore da vida (Ap. 22.4,14) e beber da água da vida (Ap. 22.7). Tanto a árvore quanto a água da vida apontam para Cristo que, no Novo Testamento, é associado com a vida eterna. Ele é o pão da vida (Jô. 6.35,48), o caminho a verdade e a vida (Jô. 14.6), o autor da vida (At. 3.15), e a vida dos crentes (Cl. 3.4) e Aquele que tem o poder indestrutível da vida (Hb. 7.16). Em Jo. 6.68 está escrito que Jesus tem palavras de vida eterna e em Jô. 17.2 que Ele tem autoridade para dar a vida eterna.
CONCLUSÃO
Que notícia admirável: fomos feitos filhos amados do Pai, agora temos o Espírito através do qual clamamos Aba. Através desse ato de filiação, Deus não apenas nos fez filhos dEle, mas também nos deu a vida eterna em Cristo Jesus, que é a Ressurreição e a Vida. No futuro, na glorificação do corpo, desfrutaremos da plenitude da Vida. Naquele momento, o que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade e estaremos para sempre com o Senhor e O veremos como Ele é. Aleluia!
BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
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