A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO
Texto Áureo: II Sm. 3.9,10
Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 5.6-10
Objetivo: Destacar a potencialidade e a expansão do reinado de Davi, bem como os perigos decorrentes da prosperidade material.
INTRODUÇÃO
Após ser entronizado como rei de Israel, Davi estende as fronteiras do território, resultando numa expansão expressiva. Na aula desse domingo estudaremos a respeito desse crescimento, com destaque para a conquista de Jerusalém, a sede do reino. Em seguida, refletiremos a respeito do alcance desse reino bem como os perigos dele decorrente para Davi e o povo de Deus.
1. A CONQUISTA DE JERUSALÉM
A conquista de Jerusalém aconteceu provavelmente após a vitória sobre os filisteus. O domínio de Jerusalém constituiu-se num marco histórico para todo o povo hebreu. A providência divina nessa vitória é evidenciada no fato de Davi disponibilizar um exército pequeno para a batalha. Já que os jebuseus – habitantes daquela região – eram considerados imbatíveis. A descrição da cidade mostra a dificuldade para sua conquista: o norte – com uma encosta a oeste – na direção do vale do Tiropeom e o Cedorom, um muro de pedras rústicas e pesadas isolava a cidade, e de cima, os jebuseus podiam atirar pedras sobre os inimigos, o que tornava qualquer vitória sobre ela improvável. Mesmo assim Davi se apossou da fortaleza de Sião, sob as condições mais adversas. Após a conquista, os guerreiros de Davi entraram na cidade paulatinamente e subjugaram os jebuseus. Aquela cidade, situada em ponto estratégico, tornou-se a cidade de Davi. Ao decidir por aquela cidade, Davi tomou a sábia decisão de se colocar numa região neutra em relação às tribos de Israel. Esse feito possibilitou a unidade nacional representada simbolicamente pela capital, centro das atenções do povo. Logo depois da ocupação da cidade, Davi tratou se investir em sua infra-estrutura a fim de torná-la favorável à habitação do rei.
2. A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO
A conquista de Jerusalém resultou na ampla expansão do reino de Israel. Ainda que, logo a principio, os filisteus investiram contra Davi, a fim de matá-lo, mas não obtiveram êxito, pois o Senhor era com ele (II Sm. 5.10,25). Os povos vizinhos de Israel reconheciam a atuação de Deus no reinado de Davi, os mensageiros do rei de Tiro, Hirão, é um exemplo (II Sm. 5.11). Por essa época a Arca da Aliança fora trazida para Jerusalém e ali permaneceu em uma tenda provisória até a construção do Templo no reinado de Salomão, o filho de Davi (I Rs. 8.1-9). A presença da Arca em Jerusalém, na sede do reinado, demarcava a importância do culto a Deus. Por essa razão, Davi e os filhos de Israel celebraram ao Senhor por ocasião da chegada da Arca (II Sm. 6.5). Essa atitude de Davi revela a importância que o rei atribuía a Deus. Nos dias atuais, no contexto materialista no qual estamos inseridos, predomina a ganância. São poucos os que ainda têm algum temor a Deus. Ao invés de tributarem em agradecimento a Deus pela expansão, os governantes ostentam a glória própria, pois como Herodes, não dão a devida glória a Deus (At. 12.23). Alguns outros, até dizem acreditar que Deus existe, mas vivem como se Ele não existisse, trata-se de uma crença meramente intelectual, destituída de obediência (Rm. 2.1-7). A expansão, seja ela coletiva ou individual, implica em grande responsabilidade. Aqueles que têm em abundância não devem olhar apenas para si mesmos, antes precisam se voltar para os outros, principalmente para os mais necessitados (I Jo. 3.17). Principalmente na cultura brasileira, já que as pesquisas comprovam que a prosperidade material, neste país, não redunda em dividendos sociais, diferentemente de alguns outros paises em que os ricos têm vergonha do acumulo exagerado de bens, por esse motivo, tratam de investir no reino de Deus e nas obras sociais.
3. OS PERIGOS DA EXPANSÃO
Fala-se muito em prosperidade nos dias atuais. Muitas igrejas fizeram da expansão e da riqueza o moto de suas mensagens. Mas a busca desenfreada pelo sucesso, fama e riqueza não garantem genuína espiritualidade. Uma igreja – ou pessoa – financeiramente próspera não necessariamente é espiritual. O Senhor Jesus repreendeu a igreja de Laodicéia pela prosperidade destituída de espiritualidade (Ap. 3.14-22). Os momentos de expansão foram sempre os mais perigosos na história de Israel e da Igreja. A romanização da igreja é um exemplo que não deve ser seguido. A fim de ganhar território e expandir suas fronteiras a igreja fez concessões que puseram em risco sua integridade. A biografia de Davi revela essa verdade, pois mesmo sendo um grande rei, juiz e general, não esteve imune às tentações que envolvem o sucesso. Há um sábio provérbio que diz: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Na mesma medida em que Davi expandia as fronteiras de Israel - também cometia os maiores deslizes espirituais. Acumulou várias esposas e com cada uma delas teve filhos que se digladiavam na ânsia pelo poder e luxúria (II Sm. 3.2; 13.1-4). Dentro de casa Davi não conseguia ser um bom pai, pois não contrariava os filhos, de modo que esses se voltaram contra ele (II Sm. 15.13,14; I Rs. 1.5-6). A expansão levou Davi à monotonia e às práticas de lazer que o conduziram aos desejos descontrolados (II Sm. 11.2-17).
CONCLUSÃO
A coroação de Davi possibilitou uma expansão sem precedentes na história do povo de Israel: de 24.000 para 240.000 Km². A conquista de Jerusalém foi o marco inicial do período áureo do reino davídico. Os cristãos esperam pela manifestação da Jerusalém espiritual, que virá de cima, em estado eterno (Gl. 4.25,26; Ap. 21.1,2). A expansão, o crescimento e a prosperidade no tempo presente não devem anular a esperança do que está por vir, pois “como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9)
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosahttp://www.subsidioebd.blogspot.com/
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