A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI
Texto Áureo: II Sm. 12.13
Leitura Bíblica em Classe: Sl. 51.1-4; 7-12; 17
Objetivo: Mostrar que o caminho da restauração passa pelo arrependimento e confissão do erro cometido e abandono da prática.
INTRODUÇÃO
Em prosseguimento ao episódio da aula passada, quando Davi é confrontado pelo profeta Natã, estudaremos, na aula de hoje, a respeito do processo de arrependimento e confissão do rei de Israel. A princípio, discutiremos a respeito da resposta imediata de Davi à Palavra de Deus. Em seguida, analisaremos o Salmo 51, no qual Davi expressa seu quebrantamento. Ao final, meditaremos a respeito do papel do arrependimento e da confissão na vida cristã.
1. DAVI RECONHECE SEU PECADO
Davi finalmente se identificou com o enfrentamento profético de Natã (I Sm. 12.5,6). Viu em si mesmo a realidade do pecado, não pode mais se eximir da culpa. Ao invés de encontrar explicações descabidas a fim de preservar sua imagem, Davi se humilhou na presença de Deus. Mesmo sendo rei, Davi confessa a culpa diante do profeta, reconhecendo ser esse o porta-voz de Deus. Tal ato poderia, do ponto de vista político, ser considerado um suicídio. Mesmo assim Davi não estava colocando o trono acima do seu relacionamento com Deus. Confessou seu pecado assumindo que a Palavra de Deus deveria estar acima de sua atuação no reinado. Diante de tal atitude, o profeta complementa: o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás. Nesse particular observamos uma nítida diferença entre Davi e Saul. Este, ao invés daquele, jamais assumiu seus erros. Essa teria sido uma das causas da sua rejeição pelo Senhor. Uma das expressões marcantes do reconhecimento do pecado de Davi se encontra no Salmo 32. Nesse Salmo o rei transborda de alegria ao saber do perdão de Deus no lugar da culpa, e da restauração da comunhão após a angústia da convicção do pecado. Ao invés da morte Davi desfrutou da vida que o Senhor pode dar a alma ressequida pelo pecado. O perdão do Senhor não o isenta das conseqüências do seu ato, concretizada no vaticínio da morte do seu filho com Bate-Sabe (I Sm. 12.13-15).
2. UM SALMO DE ARREPENDIMENTO
O Salmo 51 fora proferido por Davi por ocasião do reconhecimento do seu pecado. Nesse salmo Davi suplica o perdão e a misericórdia de Deus por causa das suas transgressões. O rei de Israel pede ao Senhor que o lave dos seus pecados e o purifique das suas iniqüidades (v. 2). Ele reconhece, isto é, tem a percepção da gravidade dos seus erros, por isso, roga a Deus que retire o peso do pecado, pois eles estão sempre diante dele, não saem da sua mente (v. 3). Ainda que o pecado de Davi tenha causado males às pessoas, seu pecado, na verdade, foi contra Deus. Ele assume que procedeu com maldade perante Deus, pois ninguém pode escapar da visão do Senhor. Mas nem tudo está perdido, já que Davi pode ser justificado pelo falar de Deus (v. 4). A causa do pecado de Davi está na sua própria constituição. Ele diz que nasceu em pecado e que sua mãe também em pecado o concebeu (v. 5). Davi sabe que Deus ama a verdade que vem do íntimo, sem fingimento, e isso faz com que o rei abra seu coração (Rm. 2.29). A purificação do pecado é efetuada pelo Senhor, que o torna mais alvo do que a neve (v. 7). O pecado, conforme estudamos na lição anterior, acarreta em males físicos. O salmista ora para que o Senhor restitua sua alegria e os ossos que foram esmagados (v. 8). Diante da santidade de Deus e da realidade do pecado humano, Davi suplica ao Senhor que esconda o Seu rosto dos seus pecados (v. 9). Em seguida, implora por um coração purificado e um espírito renovado, isto é, uma nova condição espiritual (v. 10). O rei sequer exige que permaneça no trono, mas que o Senhor não retire dele o Espírito (v. 11). O pecado acarreta tristeza, resulta em angústia, por isso pede que Deus restitua a alegria da salvação (v. 12). E depois que encontrar a alegria, ele ensinará aos transgressores o caminho da justiça de Deus (v. 13). Davi sabe que cometeu um crime ao matar Urias e, por essa razão, pede que seja livre dos crimes de sangue (v. 14). O pecado cala o homem, tira-lhe o regozijo de cantar louvores a Deus. Somente o Senhor pode, através do perdão, colocar um cântico novo na boca do pecador (v. 15). De nada adiantam os sacrifícios rituais, a menos que sejam cumpridos em sincero arrependimento (v. 16). O pecado não pode oferecer algo mais valioso a Deus que um coração quebrantado, sinceramente contrito (v. 17). O rei está preocupado que os seus pecados tragam mazelas ao seu povo (v. 18), então, promete que, ao ser perdoado, não apenas ele, mas todo o povo celebrará a Deus com sacrifícios de justiça (v. 19).
3. A RESTAURAÇÃO ESPIRITUAL DE DAVI
Os textos de II Sm. 12 e os salmos 32 e 51 revelam como Davi reagiu diante da revelação do seu pecado. Em II Sm. 12.13 está escrito que o rei disse: “pequei contra o Senhor”. Esse é o caminho da restauração espiritual de todo aquele que quer prosseguir nos caminhos do Senhor. Ao ser confrontado pela Palavra de Deus (Hb. 4.12,13), o cristão deve adotar uma atitude de submissão (Rm. 10.17; I Ts. 1.6). O pecado é uma dura realidade e o seu pagamento é a morte espiritual, mas a vida eterna está em Cristo Jesus (Rm. 6.23). O cristão é pecador, ainda que não viva no pecado (I Jo. 1.8; 3.8), mas se houver arrependimento e confessar os seus pecados, encontrará a misericórdia divina (Pv. 28.13). Temos um Advogado perante o Pai, Jesus Cristo, o Justo, portanto, “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo. 1.8). E tem mais boas notícias: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (I Jo. 2.1,2).
CONCLUSÃO
O pecado traz conseqüências drásticas às vidas das pessoas. Mas nem tudo está perdido, pois Deus é especialista em transformar tragédias em comédias. Há muitos casos registrados na Bíblia de pecadores que foram perdoados por Deus. Nem tudo está perdido para aqueles que fraquejaram durante a caminhada. Há esperança para os que se arrependem e que buscam ao Senhor com coração sincero, orando as palavras do Salmo 51. Reconhecem, com Davi, que pecaram contra o Senhor e são carentes da Sua misericórdia. Deus não apenas trata o pecador arrependido com graça – dando-lhe o que não merece (perdão) – mas também com misericórdia – deixando de dar-lhe o que merece (condenação). Ao Deus que contempla os arrependidos e perdoa os seus pecados seja a honra e glória pelos séculos dos séculos.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosawww.subsidioebd.blogspot.com
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Lição 8
O PECADO DE DAVI E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Texto Áureo: II Sm. 11.1
Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 11.2,4,5,14-17
Objetivo: Mostrar que a resposta à tentação para pecar não é ignorá-la ou ser-lhe indiferente, mas invocar as promessas bíblicas pela fé em Cristo.
INTRODUÇÃO
Davi, o homem segundo o coração de Deus, se deixou levar por sua vaidade. E, como todos os homens, a exceção de Cristo, também pecou. Na lição de hoje extrairemos algumas lições a respeito desse triste episódio na vida de Davi. Inicialmente contextualizaremos o seu pecado, mostraremos as condições existenciais para que esse ocorresse. Em seguida trataremos especificamente a respeito do seu pecado e ao final, mostraremos as conseqüências do pecado de Davi a fim de extrairmos lições para a vida cristã.
1. O DESEJO DESENFREADO DE DAVI
O narrador bíblico diz, em II Sm. 11, que Davi estava em Jerusalém. Enquanto isso, seus subordinados se arriscavam na guerra contra os amonitas. Após a refeição, o rei fez sua sesta, e em seguida, caminhou pelo terraço do palácio, perambulando de um lado para outro, em inquietação extrema. Em sua posição estratégica, acima dos demais moradores da cidade, a tudo observava do alto até que seus olhos pairam na direção de uma mulher mui formosa que se banhava. Davi não levava em conta os sentimentos pessoais dela, por isso, numa atitude de abuso sexual, envia seus mensageiros a fim de se relacionar sexualmente com ela. É digno de destaque que o nome de Bate-Seba somente é citado depois dos primeiros versículos desse capítulo, isso porque, para Davi, ela, a princípio, não passava de uma mulher. Mas Bate-Seba, a mulher com a qual Davi se envolveu impulsivamente, engravidou, consequentemente, o rei ficou preocupado. A fim de encontrar uma saída, Davi chamou Urias, o heteu, para coabitar com Bate-Sete, sua esposa, a fim de que a gravidez fosse encoberta. Em respeito ao rei e aos demais guerreiros, Urias se deitou à porta da casa real, decidindo a permanecer com todos os servos de Davi. Diferentemente de Davi, Urias demonstrou fidelidade e não quis usufruir do seu direito para cumprir a satisfação própria. Sua atitude também demonstra solidariedade em relação aos seus colegas soldados. Por fim Davi toma uma decisão extrema, e, para desposar Bate-Seba, planeja a morte de Urias. Muitas vidas são postas em risco para que a vontade egoísta do rei seja levada adiante.
2. O PROFETA REPREENDE O REI DAVI
O rei de Israel deveria submeter-se à palavra profética, por esse motivo, o Senhor enviou Nata, o profeta, para repreender o rei pelo seu pecado. Nata conta-lhe uma história a respeito de dois homens – um rico e um pobre – o primeiro tinha ovelhas e gado em grande número, mas o segundo apenas uma cordeirinha. Para recepcionar um hospede, ao invés de sacrificar uma das suas muitas ovelhas, o homem rico toma a ovelha de estimação do pobre e a prepara para o banquete. A reação de Davi, revoltado pela atitude descabida do homem rico, é imediata e contundente: o homem que cometeu tamanha atrocidade deva ser morto. Interessante que Davi não conseguiu identificar-se naquela história. Uma demonstração da evasão humana diante do pecado. O ser humano prefere apontar seu dedo na direção do outro ao invés de reconhecer seus erros. Uma pesquisa comprovou que uma das frases menos ditas é: “eu errei”. A repreensão profética se fez necessária a fim de que, como diante do espelho, Davi tomasse consciência do seu pecado: Tu és o homem. Esse trecho da Escritura nos revela o poder de desvelamento da Palavra de Deus, sendo essa, conforme está escrito em Hb. 4.12,13: “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. O pecado de Davi não ficaria impune, por isso, uma série de conseqüência adviria das atitudes do rei de Israel. Ninguém pense que o pecado não trará suas mazelas, pois o que homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7).
3. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
Não há como conviver amistosamente com o pecado, pois o que o homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7). Essa é uma verdade que pode ser constatada na realidade do pecado de Adão e Eva (Gn. 3.1-6). Algumas vezes, como no caso de Davi, o pecado não apenas atinge o indivíduo pessoalmente, também aqueles que lhe cercam. Uma das conseqüências primárias do pecado, depois de reconhecido, é a tristeza, atingindo o ser humano emocionalmente (Sl. 6.6), ainda que essa tristeza possa conduzir ao arrependimento (II Co. 7.10) Essa porém não é a conseqüência imediata do pecado, antes o distanciamento do Seu Criador (Rm. 3.23). O pecado é uma transgressão dos mandamentos do Senhor que é Santo (I Jo. 3.4; Rm. 4.15). Por esse motivo, quando o pecado ocorre não apenas o pecador se entristece, também entristece o Espírito Santo, que o selou para o dia da redenção (Ef. 4.30). Uma outra conseqüência do pecado não arrependido é o efeito cascata, isto é, um erro pode conduzir a outros sucessivos. O envolvimento sexual de Davi com Bate-Seba o levou a um outro pecado, o assassinato de Urias. O pecado de um determinado indivíduo também pode levar outras pessoas – algumas vezes que nada têm a ver com o caso – ao sofrimento. Urias padeceu por causa do pecado de Davi, demonstrando, assim, a implicação social do pecado humano. Por fim, mas não por último, o pecado tem implicações psicossomáticas, ou seja, a menos que haja arrependimento e confissão, males sobrevirão ao corpo, por isso Paulo advertiu os crentes de Corinto que entre eles havia “muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (I Co. 11.30).
CONCLUSÃO
O pecado do cristão precisa ser confessado e abandonado (Tg. 5.16). Como Davi, é preciso reconhecer os pecados pessoais perante Deus (Sl. 41.1). A Palavra de Deus diz que os que confessam seus pecados e os deixam alcançarão misericórdia (Pv. 28.13). Aqueles que assim o fazem desfrutarão da bem-aventurança do Sl. 32.1-2, pois o Senhor não atribui iniqüidade. Caso contrário, os ossos envelhecerão, a alma passará por gemidos, e a mão do Senhor pesará (Sl. 32.3,4).
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosa www.subsidioebd.blogspot.com
Texto Áureo: II Sm. 11.1
Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 11.2,4,5,14-17
Objetivo: Mostrar que a resposta à tentação para pecar não é ignorá-la ou ser-lhe indiferente, mas invocar as promessas bíblicas pela fé em Cristo.
INTRODUÇÃO
Davi, o homem segundo o coração de Deus, se deixou levar por sua vaidade. E, como todos os homens, a exceção de Cristo, também pecou. Na lição de hoje extrairemos algumas lições a respeito desse triste episódio na vida de Davi. Inicialmente contextualizaremos o seu pecado, mostraremos as condições existenciais para que esse ocorresse. Em seguida trataremos especificamente a respeito do seu pecado e ao final, mostraremos as conseqüências do pecado de Davi a fim de extrairmos lições para a vida cristã.
1. O DESEJO DESENFREADO DE DAVI
O narrador bíblico diz, em II Sm. 11, que Davi estava em Jerusalém. Enquanto isso, seus subordinados se arriscavam na guerra contra os amonitas. Após a refeição, o rei fez sua sesta, e em seguida, caminhou pelo terraço do palácio, perambulando de um lado para outro, em inquietação extrema. Em sua posição estratégica, acima dos demais moradores da cidade, a tudo observava do alto até que seus olhos pairam na direção de uma mulher mui formosa que se banhava. Davi não levava em conta os sentimentos pessoais dela, por isso, numa atitude de abuso sexual, envia seus mensageiros a fim de se relacionar sexualmente com ela. É digno de destaque que o nome de Bate-Seba somente é citado depois dos primeiros versículos desse capítulo, isso porque, para Davi, ela, a princípio, não passava de uma mulher. Mas Bate-Seba, a mulher com a qual Davi se envolveu impulsivamente, engravidou, consequentemente, o rei ficou preocupado. A fim de encontrar uma saída, Davi chamou Urias, o heteu, para coabitar com Bate-Sete, sua esposa, a fim de que a gravidez fosse encoberta. Em respeito ao rei e aos demais guerreiros, Urias se deitou à porta da casa real, decidindo a permanecer com todos os servos de Davi. Diferentemente de Davi, Urias demonstrou fidelidade e não quis usufruir do seu direito para cumprir a satisfação própria. Sua atitude também demonstra solidariedade em relação aos seus colegas soldados. Por fim Davi toma uma decisão extrema, e, para desposar Bate-Seba, planeja a morte de Urias. Muitas vidas são postas em risco para que a vontade egoísta do rei seja levada adiante.
2. O PROFETA REPREENDE O REI DAVI
O rei de Israel deveria submeter-se à palavra profética, por esse motivo, o Senhor enviou Nata, o profeta, para repreender o rei pelo seu pecado. Nata conta-lhe uma história a respeito de dois homens – um rico e um pobre – o primeiro tinha ovelhas e gado em grande número, mas o segundo apenas uma cordeirinha. Para recepcionar um hospede, ao invés de sacrificar uma das suas muitas ovelhas, o homem rico toma a ovelha de estimação do pobre e a prepara para o banquete. A reação de Davi, revoltado pela atitude descabida do homem rico, é imediata e contundente: o homem que cometeu tamanha atrocidade deva ser morto. Interessante que Davi não conseguiu identificar-se naquela história. Uma demonstração da evasão humana diante do pecado. O ser humano prefere apontar seu dedo na direção do outro ao invés de reconhecer seus erros. Uma pesquisa comprovou que uma das frases menos ditas é: “eu errei”. A repreensão profética se fez necessária a fim de que, como diante do espelho, Davi tomasse consciência do seu pecado: Tu és o homem. Esse trecho da Escritura nos revela o poder de desvelamento da Palavra de Deus, sendo essa, conforme está escrito em Hb. 4.12,13: “é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar”. O pecado de Davi não ficaria impune, por isso, uma série de conseqüência adviria das atitudes do rei de Israel. Ninguém pense que o pecado não trará suas mazelas, pois o que homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7).
3. AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
Não há como conviver amistosamente com o pecado, pois o que o homem plantar isso também ceifará (Gl. 6.7). Essa é uma verdade que pode ser constatada na realidade do pecado de Adão e Eva (Gn. 3.1-6). Algumas vezes, como no caso de Davi, o pecado não apenas atinge o indivíduo pessoalmente, também aqueles que lhe cercam. Uma das conseqüências primárias do pecado, depois de reconhecido, é a tristeza, atingindo o ser humano emocionalmente (Sl. 6.6), ainda que essa tristeza possa conduzir ao arrependimento (II Co. 7.10) Essa porém não é a conseqüência imediata do pecado, antes o distanciamento do Seu Criador (Rm. 3.23). O pecado é uma transgressão dos mandamentos do Senhor que é Santo (I Jo. 3.4; Rm. 4.15). Por esse motivo, quando o pecado ocorre não apenas o pecador se entristece, também entristece o Espírito Santo, que o selou para o dia da redenção (Ef. 4.30). Uma outra conseqüência do pecado não arrependido é o efeito cascata, isto é, um erro pode conduzir a outros sucessivos. O envolvimento sexual de Davi com Bate-Seba o levou a um outro pecado, o assassinato de Urias. O pecado de um determinado indivíduo também pode levar outras pessoas – algumas vezes que nada têm a ver com o caso – ao sofrimento. Urias padeceu por causa do pecado de Davi, demonstrando, assim, a implicação social do pecado humano. Por fim, mas não por último, o pecado tem implicações psicossomáticas, ou seja, a menos que haja arrependimento e confissão, males sobrevirão ao corpo, por isso Paulo advertiu os crentes de Corinto que entre eles havia “muitos fracos e doentes e muitos que dormem” (I Co. 11.30).
CONCLUSÃO
O pecado do cristão precisa ser confessado e abandonado (Tg. 5.16). Como Davi, é preciso reconhecer os pecados pessoais perante Deus (Sl. 41.1). A Palavra de Deus diz que os que confessam seus pecados e os deixam alcançarão misericórdia (Pv. 28.13). Aqueles que assim o fazem desfrutarão da bem-aventurança do Sl. 32.1-2, pois o Senhor não atribui iniqüidade. Caso contrário, os ossos envelhecerão, a alma passará por gemidos, e a mão do Senhor pesará (Sl. 32.3,4).
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosa www.subsidioebd.blogspot.com
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O TEMPLO E JERUSALÉM
O TEMPLO E JERUSALÉM
1- Davi fez de Jerusalém a capital do seu reino e o centro religioso do povo judeu em 1003 a.C.
2- 40 anos mais tarde, Salomão construiu o Templo.
3- Nabucodonosor, Rei da Babilônia, conquistou Jerusalém em 586 a.C. , destruiu o Templo.
4- 50 anos mais tarde, o rei Ciro permitiu a reconstrução do segundo Templo.
5- Alexandre o Grande conquistou Jerusalém em 322 a.C.
6- Liderados Judas, o Macabeu, os judeus reconsagraram o Templo em 164 a.C.
7- Em 37 a.C.(até 4 d.C.) os romanos tomaram Jerusalém, reformou e remodelou o Templo.
8- Em 66 d.C., houve a revolta dos judeus contra Roma.
9- Em 70 d. C., o general Tito, conquistou e destruiu a cidade e o Templo.
10- Por 500 anos, Jerusalém foi uma pequena cidade de província.
11- (132-135) os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém. A Cidade foi reconstruida,
com o nome "Aelia Capitolina".
12- O Imperador Constantino transformou Jerusalém em um centro cristão. A Basílica do Santo
Sepulcro (335), foi a primeira majestosa construção que se ergueu na cidade.
13- Em 634, com o enfraquecimento do Império Romano, os mulçumanos invadiram o país.
14- Em 638, Jerusalém foi conquistada pelo Califa Omar. Já sob o reinado de Abdul Malik, foi
construída a Mesquita de Omar.
15- Em 750 Jerusalém passou a ser governada Bagdá.
16- Em 1909 (até 1187), os cruzados conquistaram Jerusalém, massacraram judeus e
muçulmanos e fizeram de Jerusalém a capital do reino. Destruíram sinagogas, velhas igrejas
foram reconstruídas e muitas mesquitas transformadas em templos cristãos.
17- A partir de 1250, o Egito governou Jerusalém e se tornou um centro teológico muçulmano.
18- Os turcos conquistaram a cidade em 1517. Reconstruíram as muralhas em 1537.
19- O exército britânico, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948 Jerusalém foi a
sede administrativa das autoridades britânicas da Terra de Israel (Palestina), que fora
entregue á Grã-bretanha pela liga das Nações, no final da Primeira Guerra Mundial. A
cidade se desenvolveu rapidamente, crescendo rumo ao oeste, parte que ficou conhecida
como "Cidade Nova".
20- Em 14 de maio de 1948, e de acordo com a resolução da ONU de 29 de novembro de 1947,
Israel proclamou a sua independência e Jerusalém tornou-se a capital do País.
21- De 1948 a 1949, aconteceu a Guerra da Independência (árabes).
22- Em junho de 1967, Jerusalém foi reunificada.
1- Davi fez de Jerusalém a capital do seu reino e o centro religioso do povo judeu em 1003 a.C.
2- 40 anos mais tarde, Salomão construiu o Templo.
3- Nabucodonosor, Rei da Babilônia, conquistou Jerusalém em 586 a.C. , destruiu o Templo.
4- 50 anos mais tarde, o rei Ciro permitiu a reconstrução do segundo Templo.
5- Alexandre o Grande conquistou Jerusalém em 322 a.C.
6- Liderados Judas, o Macabeu, os judeus reconsagraram o Templo em 164 a.C.
7- Em 37 a.C.(até 4 d.C.) os romanos tomaram Jerusalém, reformou e remodelou o Templo.
8- Em 66 d.C., houve a revolta dos judeus contra Roma.
9- Em 70 d. C., o general Tito, conquistou e destruiu a cidade e o Templo.
10- Por 500 anos, Jerusalém foi uma pequena cidade de província.
11- (132-135) os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém. A Cidade foi reconstruida,
com o nome "Aelia Capitolina".
12- O Imperador Constantino transformou Jerusalém em um centro cristão. A Basílica do Santo
Sepulcro (335), foi a primeira majestosa construção que se ergueu na cidade.
13- Em 634, com o enfraquecimento do Império Romano, os mulçumanos invadiram o país.
14- Em 638, Jerusalém foi conquistada pelo Califa Omar. Já sob o reinado de Abdul Malik, foi
construída a Mesquita de Omar.
15- Em 750 Jerusalém passou a ser governada Bagdá.
16- Em 1909 (até 1187), os cruzados conquistaram Jerusalém, massacraram judeus e
muçulmanos e fizeram de Jerusalém a capital do reino. Destruíram sinagogas, velhas igrejas
foram reconstruídas e muitas mesquitas transformadas em templos cristãos.
17- A partir de 1250, o Egito governou Jerusalém e se tornou um centro teológico muçulmano.
18- Os turcos conquistaram a cidade em 1517. Reconstruíram as muralhas em 1537.
19- O exército britânico, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948 Jerusalém foi a
sede administrativa das autoridades britânicas da Terra de Israel (Palestina), que fora
entregue á Grã-bretanha pela liga das Nações, no final da Primeira Guerra Mundial. A
cidade se desenvolveu rapidamente, crescendo rumo ao oeste, parte que ficou conhecida
como "Cidade Nova".
20- Em 14 de maio de 1948, e de acordo com a resolução da ONU de 29 de novembro de 1947,
Israel proclamou a sua independência e Jerusalém tornou-se a capital do País.
21- De 1948 a 1949, aconteceu a Guerra da Independência (árabes).
22- Em junho de 1967, Jerusalém foi reunificada.
Lição 7
A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO
Texto Áureo: II Sm. 3.9,10
Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 5.6-10
Objetivo: Destacar a potencialidade e a expansão do reinado de Davi, bem como os perigos decorrentes da prosperidade material.
INTRODUÇÃO
Após ser entronizado como rei de Israel, Davi estende as fronteiras do território, resultando numa expansão expressiva. Na aula desse domingo estudaremos a respeito desse crescimento, com destaque para a conquista de Jerusalém, a sede do reino. Em seguida, refletiremos a respeito do alcance desse reino bem como os perigos dele decorrente para Davi e o povo de Deus.
1. A CONQUISTA DE JERUSALÉM
A conquista de Jerusalém aconteceu provavelmente após a vitória sobre os filisteus. O domínio de Jerusalém constituiu-se num marco histórico para todo o povo hebreu. A providência divina nessa vitória é evidenciada no fato de Davi disponibilizar um exército pequeno para a batalha. Já que os jebuseus – habitantes daquela região – eram considerados imbatíveis. A descrição da cidade mostra a dificuldade para sua conquista: o norte – com uma encosta a oeste – na direção do vale do Tiropeom e o Cedorom, um muro de pedras rústicas e pesadas isolava a cidade, e de cima, os jebuseus podiam atirar pedras sobre os inimigos, o que tornava qualquer vitória sobre ela improvável. Mesmo assim Davi se apossou da fortaleza de Sião, sob as condições mais adversas. Após a conquista, os guerreiros de Davi entraram na cidade paulatinamente e subjugaram os jebuseus. Aquela cidade, situada em ponto estratégico, tornou-se a cidade de Davi. Ao decidir por aquela cidade, Davi tomou a sábia decisão de se colocar numa região neutra em relação às tribos de Israel. Esse feito possibilitou a unidade nacional representada simbolicamente pela capital, centro das atenções do povo. Logo depois da ocupação da cidade, Davi tratou se investir em sua infra-estrutura a fim de torná-la favorável à habitação do rei.
2. A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO
A conquista de Jerusalém resultou na ampla expansão do reino de Israel. Ainda que, logo a principio, os filisteus investiram contra Davi, a fim de matá-lo, mas não obtiveram êxito, pois o Senhor era com ele (II Sm. 5.10,25). Os povos vizinhos de Israel reconheciam a atuação de Deus no reinado de Davi, os mensageiros do rei de Tiro, Hirão, é um exemplo (II Sm. 5.11). Por essa época a Arca da Aliança fora trazida para Jerusalém e ali permaneceu em uma tenda provisória até a construção do Templo no reinado de Salomão, o filho de Davi (I Rs. 8.1-9). A presença da Arca em Jerusalém, na sede do reinado, demarcava a importância do culto a Deus. Por essa razão, Davi e os filhos de Israel celebraram ao Senhor por ocasião da chegada da Arca (II Sm. 6.5). Essa atitude de Davi revela a importância que o rei atribuía a Deus. Nos dias atuais, no contexto materialista no qual estamos inseridos, predomina a ganância. São poucos os que ainda têm algum temor a Deus. Ao invés de tributarem em agradecimento a Deus pela expansão, os governantes ostentam a glória própria, pois como Herodes, não dão a devida glória a Deus (At. 12.23). Alguns outros, até dizem acreditar que Deus existe, mas vivem como se Ele não existisse, trata-se de uma crença meramente intelectual, destituída de obediência (Rm. 2.1-7). A expansão, seja ela coletiva ou individual, implica em grande responsabilidade. Aqueles que têm em abundância não devem olhar apenas para si mesmos, antes precisam se voltar para os outros, principalmente para os mais necessitados (I Jo. 3.17). Principalmente na cultura brasileira, já que as pesquisas comprovam que a prosperidade material, neste país, não redunda em dividendos sociais, diferentemente de alguns outros paises em que os ricos têm vergonha do acumulo exagerado de bens, por esse motivo, tratam de investir no reino de Deus e nas obras sociais.
3. OS PERIGOS DA EXPANSÃO
Fala-se muito em prosperidade nos dias atuais. Muitas igrejas fizeram da expansão e da riqueza o moto de suas mensagens. Mas a busca desenfreada pelo sucesso, fama e riqueza não garantem genuína espiritualidade. Uma igreja – ou pessoa – financeiramente próspera não necessariamente é espiritual. O Senhor Jesus repreendeu a igreja de Laodicéia pela prosperidade destituída de espiritualidade (Ap. 3.14-22). Os momentos de expansão foram sempre os mais perigosos na história de Israel e da Igreja. A romanização da igreja é um exemplo que não deve ser seguido. A fim de ganhar território e expandir suas fronteiras a igreja fez concessões que puseram em risco sua integridade. A biografia de Davi revela essa verdade, pois mesmo sendo um grande rei, juiz e general, não esteve imune às tentações que envolvem o sucesso. Há um sábio provérbio que diz: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Na mesma medida em que Davi expandia as fronteiras de Israel - também cometia os maiores deslizes espirituais. Acumulou várias esposas e com cada uma delas teve filhos que se digladiavam na ânsia pelo poder e luxúria (II Sm. 3.2; 13.1-4). Dentro de casa Davi não conseguia ser um bom pai, pois não contrariava os filhos, de modo que esses se voltaram contra ele (II Sm. 15.13,14; I Rs. 1.5-6). A expansão levou Davi à monotonia e às práticas de lazer que o conduziram aos desejos descontrolados (II Sm. 11.2-17).
CONCLUSÃO
A coroação de Davi possibilitou uma expansão sem precedentes na história do povo de Israel: de 24.000 para 240.000 Km². A conquista de Jerusalém foi o marco inicial do período áureo do reino davídico. Os cristãos esperam pela manifestação da Jerusalém espiritual, que virá de cima, em estado eterno (Gl. 4.25,26; Ap. 21.1,2). A expansão, o crescimento e a prosperidade no tempo presente não devem anular a esperança do que está por vir, pois “como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9)
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosahttp://www.subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: II Sm. 3.9,10
Leitura Bíblica em Classe: II Sm. 5.6-10
Objetivo: Destacar a potencialidade e a expansão do reinado de Davi, bem como os perigos decorrentes da prosperidade material.
INTRODUÇÃO
Após ser entronizado como rei de Israel, Davi estende as fronteiras do território, resultando numa expansão expressiva. Na aula desse domingo estudaremos a respeito desse crescimento, com destaque para a conquista de Jerusalém, a sede do reino. Em seguida, refletiremos a respeito do alcance desse reino bem como os perigos dele decorrente para Davi e o povo de Deus.
1. A CONQUISTA DE JERUSALÉM
A conquista de Jerusalém aconteceu provavelmente após a vitória sobre os filisteus. O domínio de Jerusalém constituiu-se num marco histórico para todo o povo hebreu. A providência divina nessa vitória é evidenciada no fato de Davi disponibilizar um exército pequeno para a batalha. Já que os jebuseus – habitantes daquela região – eram considerados imbatíveis. A descrição da cidade mostra a dificuldade para sua conquista: o norte – com uma encosta a oeste – na direção do vale do Tiropeom e o Cedorom, um muro de pedras rústicas e pesadas isolava a cidade, e de cima, os jebuseus podiam atirar pedras sobre os inimigos, o que tornava qualquer vitória sobre ela improvável. Mesmo assim Davi se apossou da fortaleza de Sião, sob as condições mais adversas. Após a conquista, os guerreiros de Davi entraram na cidade paulatinamente e subjugaram os jebuseus. Aquela cidade, situada em ponto estratégico, tornou-se a cidade de Davi. Ao decidir por aquela cidade, Davi tomou a sábia decisão de se colocar numa região neutra em relação às tribos de Israel. Esse feito possibilitou a unidade nacional representada simbolicamente pela capital, centro das atenções do povo. Logo depois da ocupação da cidade, Davi tratou se investir em sua infra-estrutura a fim de torná-la favorável à habitação do rei.
2. A EXPANSÃO DO REINO DAVÍDICO
A conquista de Jerusalém resultou na ampla expansão do reino de Israel. Ainda que, logo a principio, os filisteus investiram contra Davi, a fim de matá-lo, mas não obtiveram êxito, pois o Senhor era com ele (II Sm. 5.10,25). Os povos vizinhos de Israel reconheciam a atuação de Deus no reinado de Davi, os mensageiros do rei de Tiro, Hirão, é um exemplo (II Sm. 5.11). Por essa época a Arca da Aliança fora trazida para Jerusalém e ali permaneceu em uma tenda provisória até a construção do Templo no reinado de Salomão, o filho de Davi (I Rs. 8.1-9). A presença da Arca em Jerusalém, na sede do reinado, demarcava a importância do culto a Deus. Por essa razão, Davi e os filhos de Israel celebraram ao Senhor por ocasião da chegada da Arca (II Sm. 6.5). Essa atitude de Davi revela a importância que o rei atribuía a Deus. Nos dias atuais, no contexto materialista no qual estamos inseridos, predomina a ganância. São poucos os que ainda têm algum temor a Deus. Ao invés de tributarem em agradecimento a Deus pela expansão, os governantes ostentam a glória própria, pois como Herodes, não dão a devida glória a Deus (At. 12.23). Alguns outros, até dizem acreditar que Deus existe, mas vivem como se Ele não existisse, trata-se de uma crença meramente intelectual, destituída de obediência (Rm. 2.1-7). A expansão, seja ela coletiva ou individual, implica em grande responsabilidade. Aqueles que têm em abundância não devem olhar apenas para si mesmos, antes precisam se voltar para os outros, principalmente para os mais necessitados (I Jo. 3.17). Principalmente na cultura brasileira, já que as pesquisas comprovam que a prosperidade material, neste país, não redunda em dividendos sociais, diferentemente de alguns outros paises em que os ricos têm vergonha do acumulo exagerado de bens, por esse motivo, tratam de investir no reino de Deus e nas obras sociais.
3. OS PERIGOS DA EXPANSÃO
Fala-se muito em prosperidade nos dias atuais. Muitas igrejas fizeram da expansão e da riqueza o moto de suas mensagens. Mas a busca desenfreada pelo sucesso, fama e riqueza não garantem genuína espiritualidade. Uma igreja – ou pessoa – financeiramente próspera não necessariamente é espiritual. O Senhor Jesus repreendeu a igreja de Laodicéia pela prosperidade destituída de espiritualidade (Ap. 3.14-22). Os momentos de expansão foram sempre os mais perigosos na história de Israel e da Igreja. A romanização da igreja é um exemplo que não deve ser seguido. A fim de ganhar território e expandir suas fronteiras a igreja fez concessões que puseram em risco sua integridade. A biografia de Davi revela essa verdade, pois mesmo sendo um grande rei, juiz e general, não esteve imune às tentações que envolvem o sucesso. Há um sábio provérbio que diz: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Na mesma medida em que Davi expandia as fronteiras de Israel - também cometia os maiores deslizes espirituais. Acumulou várias esposas e com cada uma delas teve filhos que se digladiavam na ânsia pelo poder e luxúria (II Sm. 3.2; 13.1-4). Dentro de casa Davi não conseguia ser um bom pai, pois não contrariava os filhos, de modo que esses se voltaram contra ele (II Sm. 15.13,14; I Rs. 1.5-6). A expansão levou Davi à monotonia e às práticas de lazer que o conduziram aos desejos descontrolados (II Sm. 11.2-17).
CONCLUSÃO
A coroação de Davi possibilitou uma expansão sem precedentes na história do povo de Israel: de 24.000 para 240.000 Km². A conquista de Jerusalém foi o marco inicial do período áureo do reino davídico. Os cristãos esperam pela manifestação da Jerusalém espiritual, que virá de cima, em estado eterno (Gl. 4.25,26; Ap. 21.1,2). A expansão, o crescimento e a prosperidade no tempo presente não devem anular a esperança do que está por vir, pois “como está escrito: as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (I Co. 2.9)
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: Pb. José Roberto A. Barbosahttp://www.subsidioebd.blogspot.com/
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Lição 6
DAVI UNIFICA O REINO DE ISRAEL
Texto Áureo: II Sm. 3.9,10
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.1,12,13; II Sm. 5.2
Objetivo: Destacar que a coração de Davi sobre Israel, além de cumprir as profecias que vaticinam esse episódio, revelam o propósito de Deus em estruturar e organizar a nação.
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje atentaremos para a atuação divina na unificação do reino de Israel. Inicialmente, refletiremos a respeito da trágica morte de Saul e suas conseqüência para o reino. Em seguida, destacaremos o papel de Davi na concretização dos planos de Deus. Ao final, veremos que os planos de Deus se cumprem de acordo com os propósitos que Ele mesmo estabeleceu, apesar das falhas e limitações humanas.
1. A TRÁGICA MORTE DE SAUL
O capítulo 31 do I livro de Samuel registra a trágica morte de Saul. Os filhos do rei são os primeiros a morrerem na batalha. Ao perceber a morte iminente, Saul deseja que seu escudeiro ponha fim à sua vida. Como esse se nega a fazê-lo, Saul, num ato de total desespero e para não ser humilhado pelos filisteus, lança-se sobre sua espada. Para o rei, seria preferível morrer a ser capturado pelos inimigos. Em decorrência da morte de Saul, houve uma dispersão do povo israelita, tornado mais fácil a ocupação das terras pelo exército filisteu. Esses festejaram a vitória sobre o rei de Israel adorando seus deuses e dedicando as armas de Saul no templo de Astarote. Esse deus, na concepção daquele povo, havia triunfado sobre o Deus de Israel. Na celebração, o corpo decapitado de Saul fora dependurado e exposto no muro da cidade de Bete-Seã. Em lealdade a Saul, e mesmo correndo riscos, os habitantes de Jabes-Gileade retiraram o corpo de Saul e de seus filhos da condição na qual se encontravam e levaram para Jabes-Gileade e os queimaram naquele local. Posteriormente os restos mortais de Saul e seus filhos foram levados para o túmulo da família (II Sm. 21.12-14). A vida de Saul, conforme lemos nessa passagem da Bíblia, tem um final trágico. Na verdade, esse rei tornou-se um exemplo de fracasso, um modelo a ser evitado. Saul contribuiu muito para sua ruína, pois se negou peremptoriamente a reconhecer que não mais era o escolhido de Deus. A obstinação o conduziu a todas as manobras possíveis a fim de permanecer no comando, ainda que essa não fosse à vontade do Senhor.
2. DAVI ASSUME O TRONO DE ISRAEL
Em II Samuel 2, lemos a respeito da ascensão de Davi ao trono. A situação geral de Israel era de fragmentação, pois faltava ao povo uma liderança que fosse capaz de unir o país. Então Davi consultou ao Senhor, demonstrando, assim, que, diferentemente de Saul, não confiava em seus próprios pensamentos. O Senhor orientou Davi para que seguisse rumo a Judá. No capítulo 5, Davi faz uma aliança com Israel e unifica o reino. Esse acordo fora feito no modelo de pastorado, considerando que a função primordial do rei deveria ser apascentar o povo de Deus. Tal atitude evitaria que o reinado fosse conduzido por meio da opressão, comum na monarquia (I Sm. 8.10-18). Por essa época Davi tinha 30 anos de idade, momento ideal para assumir essa responsabilidade (Nm. 4.3; Lc. 3.23). Antes disso, Davi precisou passar por algumas situações sombrias, dentre elas destacamos: 1) desenvolveu uma falsa segurança, já que Saul havia desistido de persegui-lo (I Sm. 27.4), e, justamente em conseqüência disso; 2) passou a viver entre os adversários de Israel, justamente em Gate, terra de Golias, submetendo-se a Aquis, sendo chamado de seu servo (I Sm. 27.6-7); e para conviver bem entre eles, 3) adotou uma atitude de tolerância, assumindo todas as práticas com naturalidade (I Sm. 29.1). Para tanto, vivia em duplicidade, isto é, de forma ambígua, e, se fosse o caso, mentia a fim de proteger preservar sua vida (I Sm. 27.11,12), perdeu sua identidade, não mais tinha relação com seu povo e sua pátria, não mais sabia a quem deveria satisfazer (I Sm. 29.8), por esse motivo, perdeu também a satisfação própria e caiu em angústia e depressão (I Sm. 30.1-4).
3. OS PLANOS DE DEUS SE CUMPREM
Apesar de suas falhas, os planos de Deus se cumpriram na vida de Davi. Após os anos difíceis no exílio, resultante também da morte de Saul, Davi se instalou em Hebrom (I Cr. 11.1-4). Naquele local ele consultou ao Senhor (II Sm. 2.1) ainda que antes disso, ainda no exílio, Davi, depois de ter passado por momentos de fraquezas, voltou-se para Deus, abrindo mão da segurança e satisfação própria (I Sm. 30.6). Em Hebrom Davi fora aclamado rei de Judá (II Sm. 2.4). Mas não sem oposição, pois Abner havia posto Isbolsete como rei sobre boa parte do território israelita. Mas o Senhor já havia planejado que Davi seria o rei de Israel (I Sm. 16.1). Nesse momento, testemunhamos o confronto entre a autoridade humana e a divina, pois o povo desejava que Isbosete e não Davi fosse o rei de Judá. Somente depois de sete anos Davi conseguiu unificar o reino de Israel, sendo, então, aclamado rei a fim de apascentar as ovelhas da casa de Israel (II Sm. 5.1,2). O rei Davi, em conformidade com o designo divino, deveria cuidar do povo, não explorá-lo. Essa é uma lição apropriada para alguns governantes que adentram à vida pública não com ideais de servir a Deus e ao povo, antes buscam enriquecimento ilícito e barganham com vistas aos interesses próprios. Alguns deles, infelizmente, ainda se dizem crentes e dão graças a Deus pelas “bênçãos materiais” que o Senhor os “concedeu”. Seguindo o modelo de Davi, aqueles que são chamados para as funções públicas, precisam primar pela obediência, pois essa é a vontade do Senhor (I Sm. 15.22).
CONCLUSÃO
A unificação do reino de Israel, realizada por Deus, através de Davi, possibilitou o desenvolvimento da nação. Isso se tornou possível porque Davi, apesar de suas falhas e limitações, confiou no Senhor e assumiu a posição para a qual fora chamado em obediência. O Salmo 78, nos versículos 70 a 72, resume a postura desse homem diante dessa responsabilidade: “Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos”.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Pb. José Roberto A. Barbosa: www.subsidioebd.blogspot.com
Texto Áureo: II Sm. 3.9,10
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.1,12,13; II Sm. 5.2
Objetivo: Destacar que a coração de Davi sobre Israel, além de cumprir as profecias que vaticinam esse episódio, revelam o propósito de Deus em estruturar e organizar a nação.
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje atentaremos para a atuação divina na unificação do reino de Israel. Inicialmente, refletiremos a respeito da trágica morte de Saul e suas conseqüência para o reino. Em seguida, destacaremos o papel de Davi na concretização dos planos de Deus. Ao final, veremos que os planos de Deus se cumprem de acordo com os propósitos que Ele mesmo estabeleceu, apesar das falhas e limitações humanas.
1. A TRÁGICA MORTE DE SAUL
O capítulo 31 do I livro de Samuel registra a trágica morte de Saul. Os filhos do rei são os primeiros a morrerem na batalha. Ao perceber a morte iminente, Saul deseja que seu escudeiro ponha fim à sua vida. Como esse se nega a fazê-lo, Saul, num ato de total desespero e para não ser humilhado pelos filisteus, lança-se sobre sua espada. Para o rei, seria preferível morrer a ser capturado pelos inimigos. Em decorrência da morte de Saul, houve uma dispersão do povo israelita, tornado mais fácil a ocupação das terras pelo exército filisteu. Esses festejaram a vitória sobre o rei de Israel adorando seus deuses e dedicando as armas de Saul no templo de Astarote. Esse deus, na concepção daquele povo, havia triunfado sobre o Deus de Israel. Na celebração, o corpo decapitado de Saul fora dependurado e exposto no muro da cidade de Bete-Seã. Em lealdade a Saul, e mesmo correndo riscos, os habitantes de Jabes-Gileade retiraram o corpo de Saul e de seus filhos da condição na qual se encontravam e levaram para Jabes-Gileade e os queimaram naquele local. Posteriormente os restos mortais de Saul e seus filhos foram levados para o túmulo da família (II Sm. 21.12-14). A vida de Saul, conforme lemos nessa passagem da Bíblia, tem um final trágico. Na verdade, esse rei tornou-se um exemplo de fracasso, um modelo a ser evitado. Saul contribuiu muito para sua ruína, pois se negou peremptoriamente a reconhecer que não mais era o escolhido de Deus. A obstinação o conduziu a todas as manobras possíveis a fim de permanecer no comando, ainda que essa não fosse à vontade do Senhor.
2. DAVI ASSUME O TRONO DE ISRAEL
Em II Samuel 2, lemos a respeito da ascensão de Davi ao trono. A situação geral de Israel era de fragmentação, pois faltava ao povo uma liderança que fosse capaz de unir o país. Então Davi consultou ao Senhor, demonstrando, assim, que, diferentemente de Saul, não confiava em seus próprios pensamentos. O Senhor orientou Davi para que seguisse rumo a Judá. No capítulo 5, Davi faz uma aliança com Israel e unifica o reino. Esse acordo fora feito no modelo de pastorado, considerando que a função primordial do rei deveria ser apascentar o povo de Deus. Tal atitude evitaria que o reinado fosse conduzido por meio da opressão, comum na monarquia (I Sm. 8.10-18). Por essa época Davi tinha 30 anos de idade, momento ideal para assumir essa responsabilidade (Nm. 4.3; Lc. 3.23). Antes disso, Davi precisou passar por algumas situações sombrias, dentre elas destacamos: 1) desenvolveu uma falsa segurança, já que Saul havia desistido de persegui-lo (I Sm. 27.4), e, justamente em conseqüência disso; 2) passou a viver entre os adversários de Israel, justamente em Gate, terra de Golias, submetendo-se a Aquis, sendo chamado de seu servo (I Sm. 27.6-7); e para conviver bem entre eles, 3) adotou uma atitude de tolerância, assumindo todas as práticas com naturalidade (I Sm. 29.1). Para tanto, vivia em duplicidade, isto é, de forma ambígua, e, se fosse o caso, mentia a fim de proteger preservar sua vida (I Sm. 27.11,12), perdeu sua identidade, não mais tinha relação com seu povo e sua pátria, não mais sabia a quem deveria satisfazer (I Sm. 29.8), por esse motivo, perdeu também a satisfação própria e caiu em angústia e depressão (I Sm. 30.1-4).
3. OS PLANOS DE DEUS SE CUMPREM
Apesar de suas falhas, os planos de Deus se cumpriram na vida de Davi. Após os anos difíceis no exílio, resultante também da morte de Saul, Davi se instalou em Hebrom (I Cr. 11.1-4). Naquele local ele consultou ao Senhor (II Sm. 2.1) ainda que antes disso, ainda no exílio, Davi, depois de ter passado por momentos de fraquezas, voltou-se para Deus, abrindo mão da segurança e satisfação própria (I Sm. 30.6). Em Hebrom Davi fora aclamado rei de Judá (II Sm. 2.4). Mas não sem oposição, pois Abner havia posto Isbolsete como rei sobre boa parte do território israelita. Mas o Senhor já havia planejado que Davi seria o rei de Israel (I Sm. 16.1). Nesse momento, testemunhamos o confronto entre a autoridade humana e a divina, pois o povo desejava que Isbosete e não Davi fosse o rei de Judá. Somente depois de sete anos Davi conseguiu unificar o reino de Israel, sendo, então, aclamado rei a fim de apascentar as ovelhas da casa de Israel (II Sm. 5.1,2). O rei Davi, em conformidade com o designo divino, deveria cuidar do povo, não explorá-lo. Essa é uma lição apropriada para alguns governantes que adentram à vida pública não com ideais de servir a Deus e ao povo, antes buscam enriquecimento ilícito e barganham com vistas aos interesses próprios. Alguns deles, infelizmente, ainda se dizem crentes e dão graças a Deus pelas “bênçãos materiais” que o Senhor os “concedeu”. Seguindo o modelo de Davi, aqueles que são chamados para as funções públicas, precisam primar pela obediência, pois essa é a vontade do Senhor (I Sm. 15.22).
CONCLUSÃO
A unificação do reino de Israel, realizada por Deus, através de Davi, possibilitou o desenvolvimento da nação. Isso se tornou possível porque Davi, apesar de suas falhas e limitações, confiou no Senhor e assumiu a posição para a qual fora chamado em obediência. O Salmo 78, nos versículos 70 a 72, resume a postura desse homem diante dessa responsabilidade: “Também elegeu a Davi seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; E o tirou do cuidado das que se acharam prenhes; para apascentar a Jacó, seu povo, e a Israel, sua herança. Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou pela perícia de suas mãos”.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Pb. José Roberto A. Barbosa: www.subsidioebd.blogspot.com
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