quinta-feira, 23 de julho de 2009

Lição 4

JESUS, O REDENTOR E PERDOADOR

Texto Áureo: I Jo. 1.9
Leitura Bíblica em Classe: I Jo. 2.1,2; Ef. 1.6,7; Ap. 5.8-10
Objetivo: Refletir a respeito de Cristo e do Seu sacrifício na cruz que tornou possível o perdão do pecado a todos os que nEle crêem.

INTRODUÇÃO
O pecado é uma dura realidade da qual o ser humano não pode escapar. O salário dele é altíssimo, de acordo com Rm. 6.23, é a morte. Mas Deus, em Seu amor, preparou uma saída, o sacrifício de Cristo, Seu Filho Unigênito (Jô. 3.16). Na lição de hoje, aprofundaremos esse tema. Veremos que o pecado, ainda que seja negado pelos modernistas, é uma realidade. Por isso, Jesus, através da cruz, tornou-se redentor e perdoador daqueles que nEle crêem. Ao final, aprenderemos que não devemos pecar, mas, se pecarmos, temos um Advogado, Jesus Cristo, o Justo, a propiciação pelos pecados.

1. PECADO, UMA REALIDADE
O pecado, de acordo com I Jo. 3.4 e Rm. 4.15, é uma transgressão à lei de Deus. Esse termo, harmartia em grego - tanto se refere ao estado da condição humana quanto às práticas dela decorrente. O pecado tanto pode ser por omissão quanto por omissão (Rm. 6.12-17; 7.5-24). Não se trata apenas de uma violação da lei constitucional ou de um sistema de regras, mas uma ofensa real contra Aquele que é o Legislador por excelência. A alma que peca é consciente que esse é algo mal e que destrói o ser humano e que, por conseguinte, alguma punição é exigida (Rm. 6.12-17; Gl. 5.17; Tg. 1.14,15). A entrada do pecado na humanidade foi uma tragédia que Deus permitiu que ocorresse. Quando Adão pecou, conforme Gn. 3.1-6, ele demonstrou descrença e falta de confiança na Palavra de Deus. Ao mesmo tempo, isso resultou na perda da comunhão com o Criador. Em Adão todos os homens foram feitos pecadores, pois ele representou, m sua queda, toda sua posteridade (Rm. 5.12-21; I Co. 15.22-45). Mas isso não quer dizer que o ser humano não tenha responsabilidade sobre suas atitudes. Ainda que tenhamos herdado a natureza pecaminosa de Adão, é possível se voltar para Deus, arrepender-se dos pecados e seguir o caminho preparado por Cristo. O principal pecado do ser humano é negar que não tem pecado. Se negarmos que temos pecado, mentimos, não praticamos a verdade (I Jô. 1.6).

2. JESUS, REDENTOR E PERDOADOR
Mas se andarmos na luz, está escrito em I Jo. 1.7, como Jesus está na luz, temos comunhão uns com outros, e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. O verbo no grego – katharizo - sugere que Deus faz muito mais que perdoar, Ele apaga as manchas do pecado. O tempo presente também aponta para um processo contínuo de perdão dos pecados, envolvendo inclusive os pecados cometidos inconscientemente, pois Ele limpa “todo pecado”. O meio para o perdão do pecado é o sangue de Jesus, pois o filho veio “como salvador do mundo” (I Jo. 4.14), como propiciação pelos nossos pecados (I Jo. 4.10). A propiciação – hilasmos – diz respeito ao ato misericordioso de Deus tornar o pecador propício perante Ele (Rm.3.25). Uma condição é necessária para a propiciação: que andemos em comunhão uns com os outros, andando na luz em sinceridade. Conforme já destacamos anteriormente, a condição do cristão, em relação ao pecado, não é a de nega-lo, mas admiti-lo a fim de receber o perdão de Deus. Se não assumirmos, fazemos Deus mentiroso, pois a Bíblia revela que o pecado é universal (I Rs. 8.46; Sl. 14.3; Ec. 7.20; Is. 53.6; 64.6) Assim, “se confessarmos os nossos pecados” (Sl. 32.1-5; Pv. 28.13) Deus nos perdoará e nos purificará de “toda injustiça” (I Jo. 1.9). Ele é fiel (II Tm. 2.13) e cumpre com as suas promessas (Hb. 10.23).

3. NÃO PEQUEIS, MAS SE PECARDES
João instrui os irmãos, seus “filhinhos”, para que “não pecassem”, mas, “se, todavia, alguém pecar”, receberia de Jesus o perdão. Cristo assim o fez na terra quando despediu muitos pecadores, dizendo que não mais pecassem (Jo. 5.14; 8.11). Na verdade, Jesus é o Advogado – parakletos - Cristo prometeu que intercederia por Pedro após ter negado o Seu nome (Lc. 22.32). Por isso Ele é a “propiciação pelos nossos pecados”. Isso porque Deus é gracioso e não deseja estar distanciado de nós por causa do pecado. Essa propiciação não deva servir de motivo para uma vida de pecado (Rm. 6.1). Muito pelo contrário, por causa do amor de Deus, devemos viver em santidade (I Jo. 2.1). O habito pecaminoso não mais pode fazer parte da prática cristã. Ainda que se reconheça a possibilidade do crente cometer algum pecado eventual. Quando isso vier a acontecer, devemos confessar o pecado. A contrição por causa do pecado cometido nos dirige a Cristo, o Justo que cobre, neutraliza, expia, aplaca e anula a culpa do pecado. Ele é o remédio que cura a contaminação e o mal que o pecado nos causa. Esse ensinamento bíblico expressa o sistema sacrifical do Antigo Testamento (Lv. 16.30; Hb. 9.22). Somente Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo. 1.29). Ele é o caminho, a verdade e a vida e ninguém pode ir ao Pai a menos que seja por Ele (Jo. 14.6), Ele é o único nome pelo qual importa que os seres humanos sejam salvos (At. 4.12).

CONCLUSÃO
Conta-se a história de um homem que andava com um pequeno livro no bolso. Dizia a todos que se tratava da biografia de sua vida. As pessoas perguntavam como alguém poderia ter toda sua vida contada num livrinho tão pequeno. A admiração era maior ainda ao perceber que não havia nada escrito e que continha apenas três páginas. As páginas tinham cores diferentes: a primeira era escura, a segunda vermelha e a terceira era alva. Aquele homem explicava que essas páginas tinham, cada uma delas, uma representatividade da sua vida antes e depois de Cristo. Antes – no pecado (a página escura), depois (a página alva), a página do meio (a vermelha) simbolizava o sangue de Cristo que o livrou de todo pecado.

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. As epistolas de João. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.STOTT, J. R. W. I, II e III João: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1982.

Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/

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