A EXCELÊNCIA DO MINISTÉRIO
Objetivo: Ressaltar que a excelência do ministério cristão repousa na busca prioritária pela glorificação de Deus.
INTRODUÇÃO
Há uma crise no ministério cristão mundial, mas não se trata de um fenômeno recente. Paulo experimentou críticas e oposições por causa da sua opção ministerial. Mas nos dias atuais, os ministros de um pseudo-evangelho são os principais responsáveis, pois transformaram o chamado em profissão. Na lição de hoje, estudaremos a respeito da excelência do genuíno ministério cristão. Partiremos do exemplo de Baruque, e, ao final, destacaremos o propósito do ministério excelente: a glória de Deus.
1. BARUQUE, UM MINISTRO
Durante o quatro ano do reinado de Jeoaquim, por volta de 605 a. C., Baruque, o ministro do Senhor, recebe uma mensagem de repreensão por se encontrar deprimido e temeroso em relação ao futuro. A tristeza desse homem resultara da percepção das implicações das profecias de Jeremias. Diante da sua angústia, o profeta precisou lembrar Baruque da tristeza do próprio Deus em relação à calamidade inevitável que viria sobre a nação. A partir de Jr. 45, depreendemos que Baruque, esse fiel servo de Jeremias, que registrou suas profecias, tinha um irmão no palácio oficial e que rejeitara um cargo ali a fim de acompanhar Jeremias. Todos os homens e mulheres de Deus tiverem companheiros fiéis para lhes dar o suporte necessário. Moises teve seus setenta anciões; Davi, seus homens poderosos; Paulo, seus auxiliadores, tais como Timóteo, Tito e Silas. Do mesmo modo, devemos agradecer a Deus pela companhia que Jeremias pode ter através do secretariado de Baruque. Graças a esse ministro temente a Deus, podemos ler, atualmente, os escritos do profeta do Senhor. Nem todos são chamados para serem pastores ou profetas, mas graças a Deus pelos “baruques”, os humildes servos do Senhor que trabalham à surdina, com vistas exclusivamente ao crescimento do Reino de Deus. Mesmo assim, esse temente homem de Deus se deprimiu ao testemunhar a mensagem de juízo (Jr. 45.3). Mas o Senhor deu-lhe uma mensagem de encorajamento a fim de que esse não colocasse sua esperança no futuro de Judá e para que se tranqüilizasse, pois sua vida seria preservada, haja vista ter ele priorizado a Palavra de Deus (Mt. 6.33), pois tal como João Batista, valorizou a obra de Deus, e menos a ele mesmo (Jo 3.30). Aqueles que temem ao Senhor sabem que a provação (I Pe. 4.12-19) produz ouro puro (Jó. 23.10).
2. O MINISTÉRIO NA BÍBLIA
O ministro, no Antigo Testamento, em hebraico, é sarat e donota aquele que serve, associado ao que auxilia nos serviços reais (II Sm. 1317; I Rs. 10.5; I Cr.27.1; 28.1; Et. 1.10). O ministro normalmente desenvolvia algum trabalho para indivíduos de status proeminente, tal como José, que servia a Potifar (Gn; 39.4). Mas o uso mais comum desse termo se dá no contexto da adoração ao Senhor (Nm. 16.9; Dt. 10.8; Ez. 44.15-16) Os ministradores do Senhor, no Antigo Pacto, eram os levitas (I Cr. 16.4, 37), ainda que essa não fosse uma regra geral (I Sm. 2.11, 18; 3.1). No Novo Testamento, o ministro é, em grego, um diakonos, alguém que serve. Paulo refere-se a si mesmo com esse termo, ressaltando o caráter sacrifical do ministério cristão (II Co. 6.1-4) de um novo pacto (II Co. 3.6), de justiça (II Co. 11.15), de Cristo (Cl. 1.7), de Deus (II Co. 6.4) do evangelho (Ef. 3.7) e da igreja (Cl. 1.25). Jesus é o maior exemplo de serventia para o cristão, seja ou não obreiro. Paulo nos diz que Ele tomou a natureza de servo (Fp. 2.7; Lc. 4.8), em consonância com o servo sofredor de Is. 53. A diakonia, que costuma ser reduzida ao cargo eclesiástico, diz respeito ao ato de servir aos outros no Corpo de Cristo (At. 4.32-37; II Co. 9.13). O exercício efetivo do ministério, por meio dos pastores, evangelistas, mestres, apóstolos e doutores visa à edificação da Igreja (Ef. 4.11,12)
3. PARA A GLÓRIA DE DEUS
Embora o ministério cristão, em especial os pastorado, seja instrumento de descrédito, as palavras de Paulo, em I Tm. 3.1 continuam aplicáveis. Aqueles que almejam o pastorado (bispado), excelente obra almejam. Mas é preciso que os critérios recomendado pelos apóstolos, no contexto desse versículo, sejam considerados. Infelizmente, muitos estão adentrando ao ministério tão somente para auferir status, poder ou dinheiro. Como conseqüência, a profissionalização do ministério está substituindo o genuíno chamado. A politicagem eclesiástica também causa danos sérios às igrejas. Há pastores que hoje são chamados pastores e não pastores chamados. Eles servem apenas a si mesmos, não buscam dar a glória a Deus. Esses falsos ministros receberão, do Senhor, a paga no tempo devido. Os ministros que vivem em simplicidade, que se dedicam a ministração da Palavra, que vivem exemplarmente estão sendo descartados. Enquanto isso, aqueles que fazem marketing pessoal, que mercadejam a mensagem, que fazem concessões ao evangelho, obtêm maior existo. Mas é preciso ressaltar que o trabalho do Senhor não é avaliado por critérios humanos. Os ministros aprovados por Deus são aqueles que não têm do que se envergonhar e que manejam bem a Palavra da Verdade (II Tm. 2.15). Quando o Supremo Juiz julgar as obras dos ministros, muitos daqueles que ostentaram fama, glória e riqueza ficarão envergonhados. O Senhor lhes dirá que eles já receberam o galardão que tanto desejaram.
CONCLUSÃO
Baruque é um exemplo de ministro fiel para os dias atuais. Ao invés de buscar o êxito pessoal, o auxiliar do profeta estava preocupado com a nação. Oramos ao Senhor da seara para que Ele envie obreiros (Lc. 10.2) que sirvam com amor, e principalmente, com humildade. Que o Senhor nos dê pastores que entendam o real significado da diakonia e sigam o exemplo de Cristo ao lavar os pés dos seus discípulos (Jo. 13.4,5).
BIBLIOGRAFIA
HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações. São Paulo: Vida Nova, 1980.
LONGMAN III, T. Jeremiah & Lamentations. Peabody, Mass: Hendrickson, 2008
Fonte: www.subsidioebd.blogspot.com
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