DAVI E SUA EQUIPE DE LIDERADOS
Texto Áureo: I Sm. 22.2
Leitura Bíblica em Classe: I Cr. 1.10-12,20,22,24,25.
Objetivo: Mostrar que o trabalho em equipe é um princípio básico da liderança eficaz, inclusive na causa do Senhor.
INTRODUÇÃO
Em alguns contextos a liderança tem sido amplamente questionada. Na lição de hoje veremos que esse é um princípio bíblico. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento Deus levantou homens e mulheres para liderar e guiar Seu povo. Davi é um dos mais contundentes exemplos de liderança. Por esse motivo, analisaremos, na aula de hoje, aspectos da sua atuação perante a equipe de liderados. Ao final, atentaremos para alguns princípios gerais da liderança cristã.
1. O PRINCÍPIO BÍBLICO DA LIDERANÇA
A fim de cumprir seus propósitos Deus estabeleceu o princípio da liderança. Quando passeamos pelas páginas da Bíblia, constatamos essa veracidade. Em Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, lemos a respeito de José, o homem que Deus escolheu como líder no Egito (Gn. 37-45). Durante o cativeiro egípcio, Deus separou Moisés para retirar o povo daquela condição e guia-los pelo deserto (Ex. 2-17). Para a consolidação da conquista da Terra Prometida, Josué desempenhou um papel fundamental (Js. 2-8). Durante o cativeiro babilônico, Ester, uma mulher de coragem, cumpriu os desígnios de Deus para a preservação do povo israelita (Et. 4). Após o cativeiro de Judá, Neemias, mais um líder guiado por Deus, cumpriu a missão de restaurar a cidade destruída (Nm. 1-6). No Novo Testamento, Paulo e Pedro foram colunas fundamentais na liderança da igreja primitiva, tanto na plantação quanto na consolidação de igrejas (At. 14-21; J. 21).
2. O ESTILO DE LIDERANÇA DE DAVI
Davi é um exemplo bíblico de liderança competente. A competência de Davi estava respaldada na diligência de buscar fazer sempre a vontade de Deus, na sua lealdade tanto aos seus líderes quanto aos liderados e na disposição de atribuir toda glória a Deus. Quando decidiu construir um templo para o Senhor, Davi preparou o material que seria necessário (I Cr. 22.14). Mas como não coube a ele essa construção, e sim ao seu filho Salomão, tratou de lhe dar as devidas instruções para que tudo fosse feito com prudência e entendimento e de forma organizada (I Cr. 22.12-15). O estilo de liderança de Davi pautava-se no planejamento, no prognóstico do que deveria ser feito. Com Davi aprendemos a evitar as improvisações desnecessárias que possam comprometer o andamento do trabalho. O planejamento é um dos princípios basilares da condução das atividades, para tanto, faz-se necessário planejar a curto e longo prazo, sem deixar de confiar, primeiramente, no Senhor. Planejar somente não é suficiente, é preciso também coordenar a execução do projeto, identificar os objetivos, o tempo, o lugar, as pessoas envolvidas, os métodos a serem utilizados e o material disponível. Mesmo assim, é provável que existam obstáculos, e, quando eles vierem, como Davi, é recomendável que se confie na direção do Espírito Santo. Manter uma atitude de flexibilidade em relação ao planejado também evita os “engessamentos” que desgastam a liderança do projeto. Em linhas gerais, o estilo de liderança de Davi, bastante aplicável nos dias atuais, preza pela dependência em Deus, e principalmente, por atitudes de humildade, que não busca a glória própria, antes tributa todo louvor a Deus.
3. PRINCÍPIOS PARA A LIDERANÇA CRISTÃ
A liderança, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é exercitada a partir dos planos que Deus definiu. Por isso, para ser líder, é preciso confiar e depender de Deus e não nos méritos pessoais, ainda que esses não sejam descartados. Todos os líderes escolhidos por Deus estiverem no centro dos seus planos e apresentaram as seguintes características: 1) empatia – capacidade de ver as coisas do ponto de vista dos outros (Lc. 6.31; I Pe. 3.8; Gl. 6.2); 2) alvos – estabelece metas e se esforça para alcançá-los (Fp. 3.14; Ef. 3.1) 3) competência – faz bem o seu trabalho (Pv. 12.27; 22.29); 4) atuação em equipe – senso de grupo, capacidade de trabalhar com as pessoas (I Co. 12; Ef. 4); 5) estabilidade emocional – confia em Deus em todas as circunstâncias e não se deixa abalar pelas adversidades (Ef. 4.31; II Tm. 4.5); 6) partilha a liderança – não é centralizador, divide as atribuições com outros (Ef. 5.21; Fp. 4.1-3); e 7) confiável – as pessoas podem depender dele (Lc. 9.62; I co. 15.58).
CONCLUSÃO
O exercício da liderança bíblica não é centralizado no homem, mas em Deus. Os que quiserem ser líderes segundo o coração de Deus precisam atentar para a Sua palavra. Para tanto, enquanto líderes, é preciso ter cuidado para não seguir o caminho de Saul: vaidade, inveja, perseguição, auto-glorificação, populismo, desobediência, espiritualidade aparente e ganância pelo poder. O estilo de liderança de Davi, deferentemente daquele, glorifica a Deus: obediência, temor a Deus, respeito, temor, fidelidade, espiritualidade, sinceridade e misericórdia. Davi é um bom exemplo de liderança, mas se quisermos um modelo perfeito, é só atentar para Jesus, pois nEle encontramos o fundamento maior da liderança cristã: O AMOR.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Pb. José Roberto A. Barbosa jota-roberto@hotmail.com
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Lição 4
DAVI E O TEMPO DE DEUS EM SUA VIDA
Texto Áureo: I Sm. 24.6
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 24.4-8
Objetivo: Mostrar que mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Davi, mesmo tendo sido ungido rei e sob as ameaças de Saul, não perdeu a esperança no Senhor. Antes esperou, com paciência, a concretização do tempo de Deus em sua vida. Destacaremos, ainda nesta aula, a importância do cristão não se deixar levar pelas circunstâncias e a aprender a confiar no Senhor. Mesmo nas situações adversas, aprenderemos que Deus está no controle de tudo, portanto, temos motivos para esperar pelo tempo de Deus.
1. AS AMEAÇAS DE SAUL
O capítulo 24 de I Samuel nos apresenta um vislumbre do relacionamento crítico entre Davi e Saul. Lemos, inicialmente, que Saul perseguia e ameaçava Davi de morte a todo instante. Davi, por outro lado, mesmo tendo oportunidade, não intenta contra a vida do rei, considerando ser esse um “ungido do Senhor”. O autor do texto diz que, em certa ocasião, Davi se dirigiu a Saul, enquanto esse repousava, como se fosse matá-lo, mas em obediência ao Senhor e respeito ao rei, cortou apenas a orla do manto de Saul. Esse pedaço de tecido serviria de demonstração da vantagem que Davi teve para pôr fim à vida do rei. Mas ao invés disso, preferiu poupar-lhe, chamando-o mesmo de pai (I Sm. 24.11). Com essa atitude Davi quis mostrar a Saul que esse estava errado ao tentar matá-lo. Ao invés de agir pelo ódio, com espírito de vingança, Davi opta pela graça e a misericórdia. Ele se nega a agir a partir dos mesmos princípios que o rei. Depois desse episódio, Saul, por algum momento, ainda que tomado pela emoção, demonstra remorso das suas ameaças e tentativas de morte dirigidas a Davi (I Sm. 24.11). Saul é um modelo de alguém que não se deixa levar facilmente pelas emoções, que demonstra equilíbrio diante das situações adversas. Quando as pessoas agem desse modo, predomina sobre elas o espírito de retaliação, por conseguinte, têm dificuldade para liberar graça e perdão. Os cristãos são chamados a agir como Davi, exercitando o perdão, e, mesmo diante dos inimigos, responderem ao mal com o bem (I Sm. 24.7; Mt. 5.44; Rm. 12.14,19).
2. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS
Mesmo ungido rei, demorou muito tempo até que Davi assumisse o trono de Israel. O tempo de espera, no entanto, não foi de tranqüilidade. Devido as perseguições de Saul (I Sm. 18.6-9), Davi precisou se refugiar várias vezes. Para não ser morto por Saul, esteve na escola profética de Samuel em Rama e residiu na casa dos profetas (I Sm. 19.18-20). Nessa ocasião, Davi abriu seu coração para o velho Samuel e declarou tudo quanto Saul estava lhe fazendo (I Sm. 19.18). Esse período na escola profética trouxe refrigério espiritual para Davi durante aqueles tempos de angústia. Davi também encontrou refúgio na casa do sacerdote Aimeleque, ainda que a família desse sacerdote tenha sido praticamente eliminada por causa dessa ajuda (I Sm. 21.1-9; 22.6-22). Em um dos momentos mais difíceis, Davi foi obrigado a procurar abrigo no território do inimigo (I Sm. 21.10-15; 27.1-7). Após ser descoberto pelos filisteus, que eram incitados por Saul para destruí-lo, fugiu para e escondeu-se na caverna de Adulão. Naquele local ele recebeu o conforto de sua familiar e pode revigorar-se para seguir adiante (I Sm. 22.1). Mesmo assim, a situação de Davi, diante de todas as perseguições e dificuldades, poderia levá-lo a desacreditar nas promessas de Deus. Ao invés do trono prometido, Davi somente via lutas, perseguições e dificuldades. Como José na prisão egípcia, Davi não se deixou controlar pelas circunstâncias, preferiu confiar na Palavra de Deus, e esperar com paciência pelo Senhor (Sl. 40). Isso porque tinha consciência de que Deus tinha um plano em sua vida e que Ele – ao Seu tempo - haveria de executá-lo (I Sm. 22.3).
3. ESPERE O TEMPO DO SENHOR
Os crentes em Jesus devem aprender com Davi, e tantos outros heróis da fé, a esperar com paciência o tempo de Deus para a execução de Seus desígnios. Ao invés de tomar decisões precipitadas, Davi permaneceu na presença de Deus (II Sm. 7.18). No Senhor estava a sua confiança, por isso, depositava sobre Ele os ditames das sua vida (Sl. 25.5), para obter auxílio ou proteção (Sl. 33.20), para ter vitórias sobre seus inimigos (Sl. 37.7,9,34; 52.9), para alcançar segurança em perigos iminentes (Sl. 40.1; 59.9), para encontrar refúgio quando traído ou oprimido (Sl. 62.1,5) e o perdão amoroso de Deus quando pecava (Sl. 130.5,6). Esperar é um teste de submissão para qualquer cristão, é uma demonstração de confiança em Deus. Mas é antes de tudo uma escola de aprendizado, pois na medida em que esperamos no Senhor, temos tempo para reconhecer Sua grandeza, a amadurecer na fé, a ter convicção nas coisas invisíveis (Hb. 11.1), haja vista que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Sábias as palavras do salmista quando diz: “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Sl. 27.14). Mesmo que a realidade tangível pareça ir de encontro às promessas de Deus, devemos continuar ouvindo a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Ainda que perseguições, dificuldades e provações tentem nos assolar e o desespero queira sobrepujar a esperança, somos desafiados a direcionar palavras de encorajamento à própria alma, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face” (Sl. 42.5,11).
CONCLUSÃO
Deus está no controle de todas as situações, Ele não nos abandonou ao acaso. Essa percepção tem sido ofuscada pelo pensamento moderno acostumado a viver no tempo- kronos, isto é, pela compulsão frenética da vida que nos impulsiona a agir, de preferência o mais rápido possível, afinal, para muito "tempo é dinheiro". Há aqueles que, como Saul, têm medo de ficar para trás, por isso, querem tirar todo proveito do tempo-kronos. O cristão, como Davi, sabe que Deus está para além do tempo-kronos (Sl. 90.4). E guiado por essa verdade, pode descansar, confiar no cumprimento exato das promessas divinas, a depender da execução da Sua vontade no tempo-kairós que Ele mesmo estabeleceu. Vivendo nessa dimensão é possível esperar com paciência no Senhor, e a permitir que Ele dirija, pelo Seu Espírito, todos os passos da existência.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: I Sm. 24.6
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 24.4-8
Objetivo: Mostrar que mesmo estando ungido a mando do Senhor para ser o rei, Davi soube esperar o tempo de Deus para ocupar o trono de Israel.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Davi, mesmo tendo sido ungido rei e sob as ameaças de Saul, não perdeu a esperança no Senhor. Antes esperou, com paciência, a concretização do tempo de Deus em sua vida. Destacaremos, ainda nesta aula, a importância do cristão não se deixar levar pelas circunstâncias e a aprender a confiar no Senhor. Mesmo nas situações adversas, aprenderemos que Deus está no controle de tudo, portanto, temos motivos para esperar pelo tempo de Deus.
1. AS AMEAÇAS DE SAUL
O capítulo 24 de I Samuel nos apresenta um vislumbre do relacionamento crítico entre Davi e Saul. Lemos, inicialmente, que Saul perseguia e ameaçava Davi de morte a todo instante. Davi, por outro lado, mesmo tendo oportunidade, não intenta contra a vida do rei, considerando ser esse um “ungido do Senhor”. O autor do texto diz que, em certa ocasião, Davi se dirigiu a Saul, enquanto esse repousava, como se fosse matá-lo, mas em obediência ao Senhor e respeito ao rei, cortou apenas a orla do manto de Saul. Esse pedaço de tecido serviria de demonstração da vantagem que Davi teve para pôr fim à vida do rei. Mas ao invés disso, preferiu poupar-lhe, chamando-o mesmo de pai (I Sm. 24.11). Com essa atitude Davi quis mostrar a Saul que esse estava errado ao tentar matá-lo. Ao invés de agir pelo ódio, com espírito de vingança, Davi opta pela graça e a misericórdia. Ele se nega a agir a partir dos mesmos princípios que o rei. Depois desse episódio, Saul, por algum momento, ainda que tomado pela emoção, demonstra remorso das suas ameaças e tentativas de morte dirigidas a Davi (I Sm. 24.11). Saul é um modelo de alguém que não se deixa levar facilmente pelas emoções, que demonstra equilíbrio diante das situações adversas. Quando as pessoas agem desse modo, predomina sobre elas o espírito de retaliação, por conseguinte, têm dificuldade para liberar graça e perdão. Os cristãos são chamados a agir como Davi, exercitando o perdão, e, mesmo diante dos inimigos, responderem ao mal com o bem (I Sm. 24.7; Mt. 5.44; Rm. 12.14,19).
2. DAVI ESPERA O TEMPO DE DEUS
Mesmo ungido rei, demorou muito tempo até que Davi assumisse o trono de Israel. O tempo de espera, no entanto, não foi de tranqüilidade. Devido as perseguições de Saul (I Sm. 18.6-9), Davi precisou se refugiar várias vezes. Para não ser morto por Saul, esteve na escola profética de Samuel em Rama e residiu na casa dos profetas (I Sm. 19.18-20). Nessa ocasião, Davi abriu seu coração para o velho Samuel e declarou tudo quanto Saul estava lhe fazendo (I Sm. 19.18). Esse período na escola profética trouxe refrigério espiritual para Davi durante aqueles tempos de angústia. Davi também encontrou refúgio na casa do sacerdote Aimeleque, ainda que a família desse sacerdote tenha sido praticamente eliminada por causa dessa ajuda (I Sm. 21.1-9; 22.6-22). Em um dos momentos mais difíceis, Davi foi obrigado a procurar abrigo no território do inimigo (I Sm. 21.10-15; 27.1-7). Após ser descoberto pelos filisteus, que eram incitados por Saul para destruí-lo, fugiu para e escondeu-se na caverna de Adulão. Naquele local ele recebeu o conforto de sua familiar e pode revigorar-se para seguir adiante (I Sm. 22.1). Mesmo assim, a situação de Davi, diante de todas as perseguições e dificuldades, poderia levá-lo a desacreditar nas promessas de Deus. Ao invés do trono prometido, Davi somente via lutas, perseguições e dificuldades. Como José na prisão egípcia, Davi não se deixou controlar pelas circunstâncias, preferiu confiar na Palavra de Deus, e esperar com paciência pelo Senhor (Sl. 40). Isso porque tinha consciência de que Deus tinha um plano em sua vida e que Ele – ao Seu tempo - haveria de executá-lo (I Sm. 22.3).
3. ESPERE O TEMPO DO SENHOR
Os crentes em Jesus devem aprender com Davi, e tantos outros heróis da fé, a esperar com paciência o tempo de Deus para a execução de Seus desígnios. Ao invés de tomar decisões precipitadas, Davi permaneceu na presença de Deus (II Sm. 7.18). No Senhor estava a sua confiança, por isso, depositava sobre Ele os ditames das sua vida (Sl. 25.5), para obter auxílio ou proteção (Sl. 33.20), para ter vitórias sobre seus inimigos (Sl. 37.7,9,34; 52.9), para alcançar segurança em perigos iminentes (Sl. 40.1; 59.9), para encontrar refúgio quando traído ou oprimido (Sl. 62.1,5) e o perdão amoroso de Deus quando pecava (Sl. 130.5,6). Esperar é um teste de submissão para qualquer cristão, é uma demonstração de confiança em Deus. Mas é antes de tudo uma escola de aprendizado, pois na medida em que esperamos no Senhor, temos tempo para reconhecer Sua grandeza, a amadurecer na fé, a ter convicção nas coisas invisíveis (Hb. 11.1), haja vista que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11.6). Sábias as palavras do salmista quando diz: “Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor” (Sl. 27.14). Mesmo que a realidade tangível pareça ir de encontro às promessas de Deus, devemos continuar ouvindo a Palavra, pois a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm. 10.17). Ainda que perseguições, dificuldades e provações tentem nos assolar e o desespero queira sobrepujar a esperança, somos desafiados a direcionar palavras de encorajamento à própria alma, dizendo: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face” (Sl. 42.5,11).
CONCLUSÃO
Deus está no controle de todas as situações, Ele não nos abandonou ao acaso. Essa percepção tem sido ofuscada pelo pensamento moderno acostumado a viver no tempo- kronos, isto é, pela compulsão frenética da vida que nos impulsiona a agir, de preferência o mais rápido possível, afinal, para muito "tempo é dinheiro". Há aqueles que, como Saul, têm medo de ficar para trás, por isso, querem tirar todo proveito do tempo-kronos. O cristão, como Davi, sabe que Deus está para além do tempo-kronos (Sl. 90.4). E guiado por essa verdade, pode descansar, confiar no cumprimento exato das promessas divinas, a depender da execução da Sua vontade no tempo-kairós que Ele mesmo estabeleceu. Vivendo nessa dimensão é possível esperar com paciência no Senhor, e a permitir que Ele dirija, pelo Seu Espírito, todos os passos da existência.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
sábado, 17 de outubro de 2009
Resumo da Lição 3
DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA
Sinceridade. Davi nunca quis ser o que não era (Sl 26.2; 38.9). Sinceridade e integridade são indispensáveis aos que desejam desfrutar de íntima comunhão com o Eterno (Sl 15).
Dependência de Deus. Dependia do Senhor em todos os momentos e circunstâncias da vida (Sl 17.5; 18.21)
Arrependimento. Segundo a lei mosaica, Davi cometeu dois pecados imperdoáveis: adultério e assassinato premeditado (2Sm 12.9; Ex 20.13,14). Arrependeu-se do que fez, pediu perdão e foi perdoado (2Sm 12.13b; Sl 32.5)
Poucas pessoas na Bíblia são apresentadas com uma carreira tão cheia de experiências e vivendo situações tão contrastantes como Davi. O início do relato bíblico sobre Davi faz toda a diferença (I Sam 13:14;Prov. 4:23).
Como comandante das tropas
I Sm 22 “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com eles uns quatrocentos homens.” Mas por que Davi? Ele conheceu de perto a pobreza, o pânico, a solidão, passou por todo tipo de necessidade, se viu obrigado a fugir de Saul e se esconder no deserto.
I Crônicas 12.22 “Porque naqueles tempo, dia após dia, vinham a Davi para o ajudar, até que se fez um grande exército, como exército de Deus.”
Nos relacionamentos
“Carisma” significa força ou dom conferido por graça divina. Quando dizemos que alguém é carismático, estamos dizendo que esta pessoa tem dom, é cativante, consegue ser simpática e ganhar a confiança dos demais.
Esteve escondido de Saul com mais 400 homens - enxergava a necessidade de libertar o povo.
Esteve ao lado do povo de Queila estava sendo atacado pelos filisteus.
INTRODUÇÃO
Era costume dos antigos que os Jovens escolhidos morassem no Palácio. Daniel Dn 1:3-4 Ester 2: 7,12 esse tempo no palácio servia para estudar os costumes reais, educação, leis etc... Neste quesito Ester, Sadraque, Mesaque, Abdenego foram ótimos alunos, com Davi não foi diferente, foi aluno exemplar, a ponto de conquistar a confiança de todos no palácio Real deste o Grande até o mais humilde serviçal ISm 18:5.
Jovem de 13 anos;
Davi ficou conhecido no Reino como o músico do rei;
.....rosto avermelhado, com belos olhos e gracioso na aparência;
.....ruivo, com belos olhos e muito formoso;
.....rosto avermelhado, olhos cintilantes e aparência formosa;
Davi foi um fiel servidor de sua família e de seu rei;
Era costume dos antigos que os Jovens escolhidos morassem no Palácio. Daniel Dn 1:3-4 Ester 2: 7,12 esse tempo no palácio servia para estudar os costumes reais, educação, leis etc... Neste quesito Ester, Sadraque, Mesaque, Abdenego foram ótimos alunos, com Davi não foi diferente, foi aluno exemplar, a ponto de conquistar a confiança de todos no palácio Real deste o Grande até o mais humilde serviçal ISm 18:5.
Jovem de 13 anos;
Davi ficou conhecido no Reino como o músico do rei;
.....rosto avermelhado, com belos olhos e gracioso na aparência;
.....ruivo, com belos olhos e muito formoso;
.....rosto avermelhado, olhos cintilantes e aparência formosa;
Davi foi um fiel servidor de sua família e de seu rei;
Coração de servo. Davi nunca se queixou do laborioso e solitário pastoreio das ovelhas de seu pai. Ungido rei não hesitou em voltar ao seu trabalho habitual. Servia ao pai prazerosamente com o que sabia e mais gostava de fazer: estar com as ovelhas (1 Sm 16.19). Deus mesmo o chamou de servo (Sl 78.70; 89.20)
Humildade. Davi era um homem humilde e reconhecedor de sua limitações (Sl 131; 40.12,17). Sempre atribuiu todas as suas vitórias ao Senhor dos Exércitos (Sl 40.5-10; 144.1,2)
Sinceridade. Davi nunca quis ser o que não era (Sl 26.2; 38.9). Sinceridade e integridade são indispensáveis aos que desejam desfrutar de íntima comunhão com o Eterno (Sl 15).
Dependência de Deus. Dependia do Senhor em todos os momentos e circunstâncias da vida (Sl 17.5; 18.21)
Coragem. A coragem de Davi era incontestável: matou um leão e um urso (1 Sm17.34,35), apresentou-se para enfrentar o gigante Golias, lutou bravamente contra os filisteus sob o risco da própria vida. Sua evidente coragem firmava-se na autêntica fé em Deus (1 Sm 17.37; 45-47; 23.2-5)
Gratidão. Davi não se cansava de exaltar ao Senhor. Seus salmos estão repletos de gratidão e louvor (Sl 7.1.17; 144.1,2).Arrependimento. Segundo a lei mosaica, Davi cometeu dois pecados imperdoáveis: adultério e assassinato premeditado (2Sm 12.9; Ex 20.13,14). Arrependeu-se do que fez, pediu perdão e foi perdoado (2Sm 12.13b; Sl 32.5)
Poucas pessoas na Bíblia são apresentadas com uma carreira tão cheia de experiências e vivendo situações tão contrastantes como Davi. O início do relato bíblico sobre Davi faz toda a diferença (I Sam 13:14;Prov. 4:23).
Um homem com muitas habilidades
Músico: Os músicos exercem uma atividade muito importante na congregação. Deus habita no meio dos louvores Sl 22.3 e quebranta os corações para receber a Palavra pregada. Precisamos resgatar a verdadeira música sacra, os músicos não precisam enfeitar a música tocai com simplicidade.
Foi com música que se derribou o muro de Jericó.
Foi com música que as portas da prisão foram abertas Paulo e Silas.
I Sm16 diz que Saul entrava em crise e tinha perturbações mentais (“espírito maligno, enviado por Deus”). Na verdade Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade.
Tocar é diferente de Saber tocar, o saber é mais profundo, pois, além do tocar este som era acompanhado pela unção(ISm16:23) pois o louvor era para o Deus altíssimo - tocar e tocar bem (Sl 33:3).
Forte: Não é forte no físico. Davi era o menor. Era um homem esforçado, com muita intensidade e energia em todas as batalhas que enfrentavam.
Valente: adj. Que tem valor e coragem. Demonstrou coragem, habilidade e eficiência antes de ocupar o trono e depois, quando nele assentou-se. A valentia de Davi como pastor de ovelhas é relatada em 1 Sm 17:34-36.
Valente não é ausência de medo, mas é enfrentar as adversidade confiando no Senhor
Homem de guerra: Quando falamos homem de guerra, não significa que é uma pessoa grossa, brava, mal. “homem de guerra” significa usar de estratégias para vencer seus inimigos, conquistar seus superiores, pares e subordinado, inteligência militar.
Sisudo em palavras: Sisudo é o que tem siso, que tem juízo, sensato, sério, prudente. Ex: podia matar Saul e não o fez 1 Sm 24:4-6 e 26:5.
Boa aparência: A aparência é muito importante principalmente para um obreiro, devemos andar bem vestido, sapatos engraxados e limpos, roupas passadas, cabelos e barbas bem feitas, ouvidos e narizes limpos. Essa boa aparência não pode ser consideradas motivos de santidade e nem deve ser motivo para julgarmos os outros.
O Senhor era com ele: Este é o principal motivo das vitorias de Davi. “O Senhor era com ele” 2 Sm 7: 3.
Davi como escudeiro do rei
Após a vitória sobre Goiás o líder dos filisteus, ele se torna ídolo de todo povo.
As mulheres cantavam: “Saul matou mil; Davi matou dez mil!” Aí Saul disse: A única coisa que está faltando agora é ele ser rei! I Samuel 18.6-8.
Qdo começamos de cima não entendemos o que se passa em baixo, mas qdo conhecemos o trabalho mais insignificante aprendemos a valorizar do menor ao maior. Quantos pisam em cima do menor, eu sou militar e comecei de soldado recruta hoje sou sargento e posso afirmar que sem soldado não existiria exército. Davi foi o melhor Rei que Israel teve, pois começou de baixo, aprendendo com humildade.
Um bom pastor foi um bom evangelista, um bom presbítero, um bom diácono e certamente um bom membro.
Músico: Os músicos exercem uma atividade muito importante na congregação. Deus habita no meio dos louvores Sl 22.3 e quebranta os corações para receber a Palavra pregada. Precisamos resgatar a verdadeira música sacra, os músicos não precisam enfeitar a música tocai com simplicidade.
Foi com música que se derribou o muro de Jericó.
Foi com música que as portas da prisão foram abertas Paulo e Silas.
I Sm16 diz que Saul entrava em crise e tinha perturbações mentais (“espírito maligno, enviado por Deus”). Na verdade Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade.
Tocar é diferente de Saber tocar, o saber é mais profundo, pois, além do tocar este som era acompanhado pela unção(ISm16:23) pois o louvor era para o Deus altíssimo - tocar e tocar bem (Sl 33:3).
Forte: Não é forte no físico. Davi era o menor. Era um homem esforçado, com muita intensidade e energia em todas as batalhas que enfrentavam.
Valente: adj. Que tem valor e coragem. Demonstrou coragem, habilidade e eficiência antes de ocupar o trono e depois, quando nele assentou-se. A valentia de Davi como pastor de ovelhas é relatada em 1 Sm 17:34-36.
Valente não é ausência de medo, mas é enfrentar as adversidade confiando no Senhor
Homem de guerra: Quando falamos homem de guerra, não significa que é uma pessoa grossa, brava, mal. “homem de guerra” significa usar de estratégias para vencer seus inimigos, conquistar seus superiores, pares e subordinado, inteligência militar.
Sisudo em palavras: Sisudo é o que tem siso, que tem juízo, sensato, sério, prudente. Ex: podia matar Saul e não o fez 1 Sm 24:4-6 e 26:5.
Boa aparência: A aparência é muito importante principalmente para um obreiro, devemos andar bem vestido, sapatos engraxados e limpos, roupas passadas, cabelos e barbas bem feitas, ouvidos e narizes limpos. Essa boa aparência não pode ser consideradas motivos de santidade e nem deve ser motivo para julgarmos os outros.
O Senhor era com ele: Este é o principal motivo das vitorias de Davi. “O Senhor era com ele” 2 Sm 7: 3.
Davi como escudeiro do rei
Após a vitória sobre Goiás o líder dos filisteus, ele se torna ídolo de todo povo.
As mulheres cantavam: “Saul matou mil; Davi matou dez mil!” Aí Saul disse: A única coisa que está faltando agora é ele ser rei! I Samuel 18.6-8.
Qdo começamos de cima não entendemos o que se passa em baixo, mas qdo conhecemos o trabalho mais insignificante aprendemos a valorizar do menor ao maior. Quantos pisam em cima do menor, eu sou militar e comecei de soldado recruta hoje sou sargento e posso afirmar que sem soldado não existiria exército. Davi foi o melhor Rei que Israel teve, pois começou de baixo, aprendendo com humildade.
Um bom pastor foi um bom evangelista, um bom presbítero, um bom diácono e certamente um bom membro.
Como comandante das tropas
I Sm 22 “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com eles uns quatrocentos homens.” Mas por que Davi? Ele conheceu de perto a pobreza, o pânico, a solidão, passou por todo tipo de necessidade, se viu obrigado a fugir de Saul e se esconder no deserto.
I Crônicas 12.22 “Porque naqueles tempo, dia após dia, vinham a Davi para o ajudar, até que se fez um grande exército, como exército de Deus.”
Nos relacionamentos
“Carisma” significa força ou dom conferido por graça divina. Quando dizemos que alguém é carismático, estamos dizendo que esta pessoa tem dom, é cativante, consegue ser simpática e ganhar a confiança dos demais.
Esteve escondido de Saul com mais 400 homens - enxergava a necessidade de libertar o povo.
Esteve ao lado do povo de Queila estava sendo atacado pelos filisteus.
O filho do Rei: A nossa amizade para com os ricos, ou influentes não pode ser interesseira, eu não posso ter uma amizade com o Pr presidente com interesse que ele vai mim consagrar, vai levar-me ao pastorado e por fim serei o seu substituto, cada um deve ter convicção da sua chamada, e esperar o tempo do Senhor.
Servos de Saul Como é importante o relacionamento do crente com todos. Dentro do palácio Davi dava uma lição de simpatia, não importando a classe social, se tinha dinheiro ou não, pois ele via a pessoa humana, um trabalhador um filho de Deus. Como você está vendo seu funcionário, apenas um empregado ou uma pessoa que tem alma, tem famílias, podemos tratar a todos igualmente, pois não sabemos o dia de amanhã, lembre-se que hoje você é patrão mas não se sabe o que acontecerá depois.
Servos de Saul Como é importante o relacionamento do crente com todos. Dentro do palácio Davi dava uma lição de simpatia, não importando a classe social, se tinha dinheiro ou não, pois ele via a pessoa humana, um trabalhador um filho de Deus. Como você está vendo seu funcionário, apenas um empregado ou uma pessoa que tem alma, tem famílias, podemos tratar a todos igualmente, pois não sabemos o dia de amanhã, lembre-se que hoje você é patrão mas não se sabe o que acontecerá depois.
Para administrar conflitos
A popularidade de Davi cresceu de tal forma q Saul sentiu muito ciúme, a ponto de buscar ocasiões para matá-lo. Se escondeu em uma caverna, sendo chefe dos “aflitos e endividados e dos amargurados de espírito, perseguidos, sem animo”, sem conhecimentos de estratégias militares e Davi um rei sem trono e sem reino, perseguido, sem casa, mas forte espiritualmente, confiando em Deus e no Seu livramento.
A popularidade de Davi cresceu de tal forma q Saul sentiu muito ciúme, a ponto de buscar ocasiões para matá-lo. Se escondeu em uma caverna, sendo chefe dos “aflitos e endividados e dos amargurados de espírito, perseguidos, sem animo”, sem conhecimentos de estratégias militares e Davi um rei sem trono e sem reino, perseguido, sem casa, mas forte espiritualmente, confiando em Deus e no Seu livramento.
Acredita-se que com lágrimas escreveu “Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti procuro segurança! Na sombra das tuas asas eu encontro proteção até que passe o perigo”. Salmos 57.1, e assim o Salmo 61.1-3 “Ó Deus, ouve o meu grito de angústia! Escuta a minha oração. No meu desespero, longe do meu lar, eu te chamo pedindo ajuda. Põe-me em segurança numa rocha bem alta, pois tu és o meu protetor, o meu forte defensor contra os meus inimigos. E assim também o salmo 63. 1 “Ó Deus, tu és o meu Deus; procuro estar na tua presença. Todo o meu ser deseja estar contigo; eu tenho sede de ti como uma terra cansada, seca e sem água”
Lição 3
DAVI NA CORTE REAL – VIVENDO COM SABEDORIA
Texto Áureo: I Sm. 18.5
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.18; 18.2-5, 13, 14
Objetivo: Mostrar que Deus deu a Davi unção bem como prestígio diante de Israel, e ele se conduziu com prudência na presença de seus líderes, amigos e auxiliares.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das qualidades de Davi, dentre elas, destacaremos a sabedoria. Na verdade, de nada adianta ter muitos atributos pessoais e não saber utilizá-los adequadamente. Meditaremos, inicialmente, a respeito de como Davi fez uso de suas qualidades no palácio, principalmente da prudência, sinônimo, na lição, de sabedoria. Ao final, refletiremos a respeito da importância da sabedoria e do controle da língua nos relacionamentos pessoais.
1. AS QUALIDADES DE DAVI
Depois de ter sido rejeitado por Deus, e a conseqüente perda de apoio de Samuel, Saul ficou atordoado, e passou a precisar de ajuda, inclusive psicológica. De vez quando, conforme lemos em I Sm. 16.15-18, o rei de Israel entrava em crise e tinha perturbações mentais, o narrador bíblico declara que a causa dessas crises era um “espírito maligno, enviado por Deus” (v.15). Essa declaração, na verdade, trata-se de um hebraísmo, em outras palavras, o texto diz que Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade. Mas saber tocar a lira não era a única qualidade de Davi, pois de acordo com o servo que o recomendou ele era “valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença”, e principalmente, que “o Senhor era com ele” (v. 18). É possível que nem todos na igreja tenham essas mesmas qualidades, principalmente a de tocar um instrumento ou se enquadram em determinados padrões de beleza, mas é indispensável que mantenha o controle da língua, que sejam fortes e valentes na luta contra o mal, e principalmente que o Senhor seja com eles.
2. A SABEDORIA DE DAVI NO PALÁCIO
O Senhor era com Davi, por isso, ele ascende do trabalho pastoril para o serviço no palácio real. Isso aconteceu porque Saul não permitiu mais que Davi voltasse para sua terra, retendo-o no palácio real (I Sm. 18.2,5). Durante tal período Davi se portava com lealdade ao rei, ainda que esse o perseguisse. Para aliviar as adversidades em sua vida, decorrentes da inveja de Saul, Deus proveu um amigo para o jovem. Jônatas, o filho e provável herdeiro do trono, percebendo a loucura do pai, fez uma aliança de amizade com Davi. O pacto de amizade entre Davi e Jônatas serve de lição para a construção de laços duradouros ao longo da vida. Amizade sincera é cada vez mais rara, haja vista a cultura da individualidade e a busca desenfreada pela satisfação própria que leva à barganha. Jônatas esteve disposto a sacrificar-se por Davi várias vezes (I Sm. 18.4; 20.4). Diante das atitudes insanas de seu pai Saul, Jônatas defendeu seu amigo (I Sm. 19.4). Não havia sentimentos de ciúme, inveja ou mesquinhez em Jônatas. Ele era amigo de Davi, e o defendeu porque discernia as reais intenções do coração do seu amigo. Nos momentos mais difíceis Davi contou com as palavras de encorajamento de Jônatas (I Sm. 23.15,16). Por causa de sua sabedoria (prudência), Davi era amado não apenas por Jônatas, mas também por todos os servos do rei (I Sm. 18.6-7) e isso, certamente, incitava mais ainda o ciúme de Saul.
3. SABEDORIA NOS RELACIONAMENTOS
Em I Sm. 18, está escrito quatro vezes que Davi prosperou, ainda que o rei estivesse contra ele. Mas isso não importava, pois mesmo o rei estando contra Davi, o Senhor era com ele (I Sm. 18.14). Além disso, o Senhor favoreceu Davi com uma outra qualidade, fundamental diante das ameaças desequilibradas de Saul: a sabedoria (prudência). O termo hebraico para prudência (sabedoria) é sakal, que também pode ser encontrado em Pv. 10.19. Nesse versículo essa palavra está associada à pessoa que consegue manter sua boca fechada. Ao invés de se adiantar e dizer palavras fora de propósitos, Davi acatava as circunstâncias com sabedoria. Não foram fáceis as situações pelas quais aquele jovem teve de passar. Em I Sm. 18.8,9 é dito que Saul se indignava contra Davi e não o via com bons olhos. Isso quer dizer que Saul estava tomado pela inveja. Os livros sapienciais nos deixam instruções claras a respeito dos males que a inveja pode causar (Sl. 37.1; 73.3; Pv. 14.30; 27.4; Ec. 4.4; 9.6). Os religiosos entregaram Jesus conduzidos por esse sentimento (Mt. 27.18; Mc. 15.10). As primeiras perseguições aos apóstolos também decorram da inveja (At. 13.45; 17.5). Paulo orienta os cristãos para que não sejam tomados por ela (Rm. 13.13; I Co. 3.3). O cristão espiritual não segue o caminho carnal de Saul, não se deixam conduzir pela inveja. Antes se posiciona com sabedoria, mantendo o devido equilíbrio em todas as circunstâncias, não falando demais, controlando sua língua nas ocasiões mais adversas (Tg. 3.8; Pv. 10.11,20,32; 21.23; 13.3; Ef. 4.29; Mt. 12.34-37)
CONCLUSÃO
Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele. A causa do bom êxito de Davi estava nas qualidades que Deus construiu em seu caráter. A principal delas era a prudência, assumida na lição de hoje como sabedoria. Davi sabia se relacionar com as pessoas, com seus amigos, servos do palácio real, e principalmente a lidar com as crises insanas do rei Saul. A demonstração mais concreta da prudência de Davi estava no uso da língua. O jovem no palácio sabia o momento de falar e de ficar calado. Nisso consiste a sabedoria, é nessa cercania que habita a prudência (Pv. 11.12; Ec. 3.7; 15.23; 25.11).
BIBLIOGRAFIABALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: I Sm. 18.5
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.18; 18.2-5, 13, 14
Objetivo: Mostrar que Deus deu a Davi unção bem como prestígio diante de Israel, e ele se conduziu com prudência na presença de seus líderes, amigos e auxiliares.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das qualidades de Davi, dentre elas, destacaremos a sabedoria. Na verdade, de nada adianta ter muitos atributos pessoais e não saber utilizá-los adequadamente. Meditaremos, inicialmente, a respeito de como Davi fez uso de suas qualidades no palácio, principalmente da prudência, sinônimo, na lição, de sabedoria. Ao final, refletiremos a respeito da importância da sabedoria e do controle da língua nos relacionamentos pessoais.
1. AS QUALIDADES DE DAVI
Depois de ter sido rejeitado por Deus, e a conseqüente perda de apoio de Samuel, Saul ficou atordoado, e passou a precisar de ajuda, inclusive psicológica. De vez quando, conforme lemos em I Sm. 16.15-18, o rei de Israel entrava em crise e tinha perturbações mentais, o narrador bíblico declara que a causa dessas crises era um “espírito maligno, enviado por Deus” (v.15). Essa declaração, na verdade, trata-se de um hebraísmo, em outras palavras, o texto diz que Saul sofria de uma insanidade mental, proveniente da atuação diabólica, permitida por Deus. Na época, como ainda é sugerido atualmente, em alguns casos, o tratamento recomendava o uso da música. Os súditos de Saul recomendaram um músico hábil, filho de Jessé de Belém, denominado Davi (v. 16). O instrumento tocado por Davi era a lira (kinnor em hebraico), de menor porte que uma harpa comum, de modo que pudesse ser transportada com facilidade. Mas saber tocar a lira não era a única qualidade de Davi, pois de acordo com o servo que o recomendou ele era “valente, e animoso, e homem de guerra, e sisudo em palavras, e de gentil presença”, e principalmente, que “o Senhor era com ele” (v. 18). É possível que nem todos na igreja tenham essas mesmas qualidades, principalmente a de tocar um instrumento ou se enquadram em determinados padrões de beleza, mas é indispensável que mantenha o controle da língua, que sejam fortes e valentes na luta contra o mal, e principalmente que o Senhor seja com eles.
2. A SABEDORIA DE DAVI NO PALÁCIO
O Senhor era com Davi, por isso, ele ascende do trabalho pastoril para o serviço no palácio real. Isso aconteceu porque Saul não permitiu mais que Davi voltasse para sua terra, retendo-o no palácio real (I Sm. 18.2,5). Durante tal período Davi se portava com lealdade ao rei, ainda que esse o perseguisse. Para aliviar as adversidades em sua vida, decorrentes da inveja de Saul, Deus proveu um amigo para o jovem. Jônatas, o filho e provável herdeiro do trono, percebendo a loucura do pai, fez uma aliança de amizade com Davi. O pacto de amizade entre Davi e Jônatas serve de lição para a construção de laços duradouros ao longo da vida. Amizade sincera é cada vez mais rara, haja vista a cultura da individualidade e a busca desenfreada pela satisfação própria que leva à barganha. Jônatas esteve disposto a sacrificar-se por Davi várias vezes (I Sm. 18.4; 20.4). Diante das atitudes insanas de seu pai Saul, Jônatas defendeu seu amigo (I Sm. 19.4). Não havia sentimentos de ciúme, inveja ou mesquinhez em Jônatas. Ele era amigo de Davi, e o defendeu porque discernia as reais intenções do coração do seu amigo. Nos momentos mais difíceis Davi contou com as palavras de encorajamento de Jônatas (I Sm. 23.15,16). Por causa de sua sabedoria (prudência), Davi era amado não apenas por Jônatas, mas também por todos os servos do rei (I Sm. 18.6-7) e isso, certamente, incitava mais ainda o ciúme de Saul.
3. SABEDORIA NOS RELACIONAMENTOS
Em I Sm. 18, está escrito quatro vezes que Davi prosperou, ainda que o rei estivesse contra ele. Mas isso não importava, pois mesmo o rei estando contra Davi, o Senhor era com ele (I Sm. 18.14). Além disso, o Senhor favoreceu Davi com uma outra qualidade, fundamental diante das ameaças desequilibradas de Saul: a sabedoria (prudência). O termo hebraico para prudência (sabedoria) é sakal, que também pode ser encontrado em Pv. 10.19. Nesse versículo essa palavra está associada à pessoa que consegue manter sua boca fechada. Ao invés de se adiantar e dizer palavras fora de propósitos, Davi acatava as circunstâncias com sabedoria. Não foram fáceis as situações pelas quais aquele jovem teve de passar. Em I Sm. 18.8,9 é dito que Saul se indignava contra Davi e não o via com bons olhos. Isso quer dizer que Saul estava tomado pela inveja. Os livros sapienciais nos deixam instruções claras a respeito dos males que a inveja pode causar (Sl. 37.1; 73.3; Pv. 14.30; 27.4; Ec. 4.4; 9.6). Os religiosos entregaram Jesus conduzidos por esse sentimento (Mt. 27.18; Mc. 15.10). As primeiras perseguições aos apóstolos também decorram da inveja (At. 13.45; 17.5). Paulo orienta os cristãos para que não sejam tomados por ela (Rm. 13.13; I Co. 3.3). O cristão espiritual não segue o caminho carnal de Saul, não se deixam conduzir pela inveja. Antes se posiciona com sabedoria, mantendo o devido equilíbrio em todas as circunstâncias, não falando demais, controlando sua língua nas ocasiões mais adversas (Tg. 3.8; Pv. 10.11,20,32; 21.23; 13.3; Ef. 4.29; Mt. 12.34-37)
CONCLUSÃO
Apesar da perseguição do rei Saul, Davi prosperava em tudo o que fazia porque o Senhor era com ele. A causa do bom êxito de Davi estava nas qualidades que Deus construiu em seu caráter. A principal delas era a prudência, assumida na lição de hoje como sabedoria. Davi sabia se relacionar com as pessoas, com seus amigos, servos do palácio real, e principalmente a lidar com as crises insanas do rei Saul. A demonstração mais concreta da prudência de Davi estava no uso da língua. O jovem no palácio sabia o momento de falar e de ficar calado. Nisso consiste a sabedoria, é nessa cercania que habita a prudência (Pv. 11.12; Ec. 3.7; 15.23; 25.11).
BIBLIOGRAFIABALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.SWINDOLL, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
sábado, 10 de outubro de 2009
Lição 2
DAVI ENFRENTA E VENCE O GIGANTE
Texto Áureo: I Sm. 17.45
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 17.43-49
Objetivo: Mostrar que o desafio de Davi a Golias, o gigante filisteu, pode representar a luta espiritual que o crente trava com o mundo, a carne e o diabo.
INTRODUÇÃO
Numa cultura dominada pela guerra, o povo de Israel teve que lidar com seus inimigos. Enfrentá-los nem sempre foi tarefa fácil, principalmente quando preferiu confiar em seus próprios meios ao invés de depender de Deus. Na aula de hoje veremos que um gigante filisteu – Golias – afrontou o povo de Deus. Veremos que quando Israel estava acuado pelo inimigo, apareceu o jovem Davi para enfrentar e vencer o gigante. Ao final da lição destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais.
1. A AFRONTA DO GIGANTE
Golias era um “campeão” nas batalhas contra os inimigos dos filisteus. Por esse motivo, como era costume da época, era escolhido para representar seu povo em combates. Destacava-se pela grande estatura, aproximadamente 2,70 m, talvez apenas Saul se aproximasse dele em altura (I Sm. 10.23). Mesmo assim esse não se atreveu a responder a afronta daquele gigante, confiante em sua força e no seu equipamento (I Sm. 17.8-11). As tropas de Israel ficaram amedrontadas quando se aproximaram de Golias (I Sm. 17.24). O jovem Davi, ao contrário dos seus compatriotas, ficou indignado ao ver a ousadia do gigante, afrontando o exército de Israel. Ele se refere àquele que é considerado um herói para o inimigo como um “incircunciso filisteu” – associa-o aos adoradores de deuses falsos, feitos pelos homens, e desconhecedor do Deus Vivo e Verdadeiro (I Sm. 17.24-27). Eliabe, o irmão de Davi, ao invés de apóiá-lo, demonstra ressentimento. O receio de seu irmão é o de perder espaço para aquele seu irmão mais jovem. Esse costuma ser um medo com o qual aqueles que se encontram em posição de poder precisam conviver (I Sm. 17.28-30). Mesmo com a insatisfação de Eliabe, Davi é levado a Saul que é informado da disposição de Davi para enfrentar o gigante. A atitude resoluta de Davi partiu da sua certeza que a afronta de Golias não era apenas contra o povo de Israel, mas contra o Deus Todo Poderoso, o Senhor dos Exércitos (I Sm. 17.31-40).
2. A VITÓRIA DE DAVI
Diante do pequeno Davi estava um Gigante, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7). Ao ver a escolha representativa dos israelitas, Golias tomou tal opção como um insulto. Mas o filisteu não teve tempo sequer para tocar em Davi, pois fora abatido por uma pedra certeira, atirada da funda do jovem pastor (I Sm.17.49,50) Se assemelharmos essa batalha com uma luta de boxe, diríamos que ela não passou do primeiro assalto. Com o gigante prostrado por terra, Davi, seguindo os princípios de guerra, deveria concluir o trabalho, decapitando-o (I Sm. 17.50-24). As armas de Golias foram postas na tenda de Davi, como um troféu de guerra. Após a vitória, Davi recebeu de Saul o cumprimento da promessa, a filha como esposa. Davi passa a fazer parte da família real, fazendo uma aliança mais aproximada com Jonâtas, o príncipe herdeiro. Jônatas, desde cedo, reconheceu em Davi um homem vocacionado por Deus. Por isso, não mediu esforços para ajudá-lo, mesmo indo de encontro aos interesses egoístas de seu pai. Algumas lições podem ser extraídas desse episódio: 1) enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora – lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil; 2) pelejar é uma experiência solitária – ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “golias” que se apresentam contra nós; 3) confiar em Deus é uma necessidade – a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes”; e 4) vencer traz conseqüências memoráveis – as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.
3. A LUTA ESPIRITUAL DO CRENTE
O crente também tem seus gigantes com os quais precisa lutar e vencer. Na verdade, cada um de nós, existencialmente, enfrenta seus próprios gigantes. De modo geral, podemos destacar três gigantes: o mundo, a carne e o diabo (Ef. 2.1-3). Para tanto, é preciso estar preparado, munido não com a armadura de Saul, mas com aquela provida por Deus (Ef. 6.10,11): 1) o mundo - a palavra “mundo”, no grego, é kosmos e no Novo Testamento se refere: a) ao planeta terra (At.17:24); b) a raça humana separada de Deus (Jo.14:17); c) as coisas terrenas, como bens, riquezas e prazeres (I Jo.2:15,16); d) o sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele (II Pe.2:20). É importante entendermos que o sistema deste mundo é resultado da influência da carne e do diabo sobre os corações dos homens; 2) a carne - é a velha nature¬za que herdamos de Adão, uma natureza que se opõe a Deus e que não é capaz de fazer qualquer coisa espiritual para agradar a Deus. A natureza humana, agora contaminada, tornou-se escrava do pecado e, portanto, incapaz de agradar a Deus (Rm.8:6-8; I Co.2:14). Após a conversão passamos a conviver com duas forças antagônicas que lutam constantemente entre si: o Espírito Santo e a carne (Rm.7:14-25; Gl.5:17). Só será vitorioso neste conflito interior aquele que negar a si mesmo (Mt.16:24) e aprender a depender do Espírito Santo para mortificar a sua carne (Rm.6:3-6; Rm.8:12,13); 3) o diabo – também é conhecido por Satanás, palavra hebraica que significa “adversário”. A oposição do inimigo de Deus tem como finalidade estabelecer o seu reino em detrimento do reino de Deus. Ele dispõe de um exército de anjos caídos, mais conhecidos como demônios, para esta finalidade (Ap.12:7; Ef.6:12).
CONCLUSÃO
O exército de Israel intimidou-se com o tamanho de Golias. A presença do gigante apavorou o povo de Deus. Mas entre eles um mostrou-se ter uma fé maior que o tamanho de Golias. Davi creu na providência de Deus e na Sua aliança com Israel. Como fez Davi, também precisamos aprender a confiar no Senhor. Para vencer o mundo, a carne e o diabo, o segredo viver no Espírito de Deus. Diante de todas as adversidades da vida, não devamos dizer que o gigante é grande, mas dizer ao gigante que Deus é Grande. Essa é a lição que aprendemos com Davi na aula de hoje.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: I Sm. 17.45
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 17.43-49
Objetivo: Mostrar que o desafio de Davi a Golias, o gigante filisteu, pode representar a luta espiritual que o crente trava com o mundo, a carne e o diabo.
INTRODUÇÃO
Numa cultura dominada pela guerra, o povo de Israel teve que lidar com seus inimigos. Enfrentá-los nem sempre foi tarefa fácil, principalmente quando preferiu confiar em seus próprios meios ao invés de depender de Deus. Na aula de hoje veremos que um gigante filisteu – Golias – afrontou o povo de Deus. Veremos que quando Israel estava acuado pelo inimigo, apareceu o jovem Davi para enfrentar e vencer o gigante. Ao final da lição destacaremos o papel da confiança e fé de Davi enquanto exemplo para todos os crentes no enfrentamento dos inimigos espirituais.
1. A AFRONTA DO GIGANTE
Golias era um “campeão” nas batalhas contra os inimigos dos filisteus. Por esse motivo, como era costume da época, era escolhido para representar seu povo em combates. Destacava-se pela grande estatura, aproximadamente 2,70 m, talvez apenas Saul se aproximasse dele em altura (I Sm. 10.23). Mesmo assim esse não se atreveu a responder a afronta daquele gigante, confiante em sua força e no seu equipamento (I Sm. 17.8-11). As tropas de Israel ficaram amedrontadas quando se aproximaram de Golias (I Sm. 17.24). O jovem Davi, ao contrário dos seus compatriotas, ficou indignado ao ver a ousadia do gigante, afrontando o exército de Israel. Ele se refere àquele que é considerado um herói para o inimigo como um “incircunciso filisteu” – associa-o aos adoradores de deuses falsos, feitos pelos homens, e desconhecedor do Deus Vivo e Verdadeiro (I Sm. 17.24-27). Eliabe, o irmão de Davi, ao invés de apóiá-lo, demonstra ressentimento. O receio de seu irmão é o de perder espaço para aquele seu irmão mais jovem. Esse costuma ser um medo com o qual aqueles que se encontram em posição de poder precisam conviver (I Sm. 17.28-30). Mesmo com a insatisfação de Eliabe, Davi é levado a Saul que é informado da disposição de Davi para enfrentar o gigante. A atitude resoluta de Davi partiu da sua certeza que a afronta de Golias não era apenas contra o povo de Israel, mas contra o Deus Todo Poderoso, o Senhor dos Exércitos (I Sm. 17.31-40).
2. A VITÓRIA DE DAVI
Diante do pequeno Davi estava um Gigante, vestido com toda sua armadura (I Sm. 17.5-7). Ao ver a escolha representativa dos israelitas, Golias tomou tal opção como um insulto. Mas o filisteu não teve tempo sequer para tocar em Davi, pois fora abatido por uma pedra certeira, atirada da funda do jovem pastor (I Sm.17.49,50) Se assemelharmos essa batalha com uma luta de boxe, diríamos que ela não passou do primeiro assalto. Com o gigante prostrado por terra, Davi, seguindo os princípios de guerra, deveria concluir o trabalho, decapitando-o (I Sm. 17.50-24). As armas de Golias foram postas na tenda de Davi, como um troféu de guerra. Após a vitória, Davi recebeu de Saul o cumprimento da promessa, a filha como esposa. Davi passa a fazer parte da família real, fazendo uma aliança mais aproximada com Jonâtas, o príncipe herdeiro. Jônatas, desde cedo, reconheceu em Davi um homem vocacionado por Deus. Por isso, não mediu esforços para ajudá-lo, mesmo indo de encontro aos interesses egoístas de seu pai. Algumas lições podem ser extraídas desse episódio: 1) enfrentar gigantes é uma experiência intimidadora – lemos com entusiasmo o relato bíblico sobre a vitória de Davi, mas, no dia-a-dia, lutar contra os gigantes não é uma tarefa fácil; 2) pelejar é uma experiência solitária – ninguém mais pode assumir o posto para o qual fomos chamados, cada um de nós precisa enfrentar os “golias” que se apresentam contra nós; 3) confiar em Deus é uma necessidade – a menos que depositemos nossa fé em Deus, não conseguiremos ir muito longe, ficaremos aterrorizados pelo tamanho dos “gigantes”; e 4) vencer traz conseqüências memoráveis – as vitórias do passado devem nos impulsionar para olhar com maior bravura para o futuro.
3. A LUTA ESPIRITUAL DO CRENTE
O crente também tem seus gigantes com os quais precisa lutar e vencer. Na verdade, cada um de nós, existencialmente, enfrenta seus próprios gigantes. De modo geral, podemos destacar três gigantes: o mundo, a carne e o diabo (Ef. 2.1-3). Para tanto, é preciso estar preparado, munido não com a armadura de Saul, mas com aquela provida por Deus (Ef. 6.10,11): 1) o mundo - a palavra “mundo”, no grego, é kosmos e no Novo Testamento se refere: a) ao planeta terra (At.17:24); b) a raça humana separada de Deus (Jo.14:17); c) as coisas terrenas, como bens, riquezas e prazeres (I Jo.2:15,16); d) o sistema de valores alienado de Deus, que orienta o pensamento dos homens em oposição a Ele (II Pe.2:20). É importante entendermos que o sistema deste mundo é resultado da influência da carne e do diabo sobre os corações dos homens; 2) a carne - é a velha nature¬za que herdamos de Adão, uma natureza que se opõe a Deus e que não é capaz de fazer qualquer coisa espiritual para agradar a Deus. A natureza humana, agora contaminada, tornou-se escrava do pecado e, portanto, incapaz de agradar a Deus (Rm.8:6-8; I Co.2:14). Após a conversão passamos a conviver com duas forças antagônicas que lutam constantemente entre si: o Espírito Santo e a carne (Rm.7:14-25; Gl.5:17). Só será vitorioso neste conflito interior aquele que negar a si mesmo (Mt.16:24) e aprender a depender do Espírito Santo para mortificar a sua carne (Rm.6:3-6; Rm.8:12,13); 3) o diabo – também é conhecido por Satanás, palavra hebraica que significa “adversário”. A oposição do inimigo de Deus tem como finalidade estabelecer o seu reino em detrimento do reino de Deus. Ele dispõe de um exército de anjos caídos, mais conhecidos como demônios, para esta finalidade (Ap.12:7; Ef.6:12).
CONCLUSÃO
O exército de Israel intimidou-se com o tamanho de Golias. A presença do gigante apavorou o povo de Deus. Mas entre eles um mostrou-se ter uma fé maior que o tamanho de Golias. Davi creu na providência de Deus e na Sua aliança com Israel. Como fez Davi, também precisamos aprender a confiar no Senhor. Para vencer o mundo, a carne e o diabo, o segredo viver no Espírito de Deus. Diante de todas as adversidades da vida, não devamos dizer que o gigante é grande, mas dizer ao gigante que Deus é Grande. Essa é a lição que aprendemos com Davi na aula de hoje.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Lição 1
DAVI E SUA VOCAÇÃO
Texto Áureo: I Sm. 13.14
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.1,310-13
Objetivo: Entender as razões e o propósito de Deus da vocação de Davi a fim de cumprir seus objetivos imediatos e futuros.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos próximos três meses estudaremos a biografia de Davi. Teremos a oportunidade, durante as aulas, de refletir a respeito da vida desse que é conhecido como um “homem segundo o coração de Deus”. Aprenderemos a respeito de suas vitórias e derrotas, e, à luz do evangelho de Cristo, poderemos extrair ensinamentos a fim de que, como Davi, estejamos também no centro do coração do Senhor. Na aula de hoje trataremos a respeito da sua vocação, contextualizaremos o tempo no qual viveu, e ao final, veremos qual o propósito de Deus em sua vocação e algumas aplicações para a nossas vidas.
1. DAVI, NO TEMPO DE DEUS
O tempo no qual Davi viveu é marcado pelo fim de uma era, a dos juizes, personalizado na figura de Samuel. O livro de Juizes termina destacando que “não havia rei em Israel” (Jz. 18.1; 19.1; 21.25). Até que o povo de Israel reclama para si, seguindo o modelo das nações vizinhas, um rei, isto é, o estabelecimento da monarquia. Ainda que a contragosto (I Sm. I Sm. 8.7,9), Samuel, debaixo da orientação divina, e em resposta à petição dos israelitas, escolheu Saul para reinar (I Sm. 9.1-10.16). Mesmo sancionando essa opção, o Senhor antecipara Israel a respeito do preço que iria pagar por tal opção (I Sm. 8.10-18). A unção de Saul, o primeiro rei de Israel, se deu através de uma cerimônia secreta (I Sm. 9.1-10.16). Posteriormente ele foi reconhecido pelo povo e aclamado como rei (I Sm. 10.17-27). Com a monarquia estabelecida, Samuel se retira de cena, e restringe-se ao ministério profético (I Sm. 12.1-5). Saul, após assumir o reinado de Israel, não se conduziu em conformidade com a Palavra de Deus, precipitou-se em seus votos (I Sm. 14.24-46) e até mesmo confrontou ao profeta de Deus (I Sm. 15.1-35) por esse motivo, fora rejeitado pelo mesmo Deus que o fez rei (I Sm. 15.10-12). Samuel, em seu embate com o rei Saul, diz que a obediência é melhor que o sacrifício, já que Saul desobedeceu intencionalmente a Deus, sob a justificativa que ofereceria sacrifícios (I Sm. 15.22-23).
2. A VOCAÇÃO DE DAVI
A escolha de Davi, para ser o rei de Israel, sucessor de Saul, está registrada em I Sm. 13.13-14. Nessa passagem lemos que o Senhor rejeitou Saul e separou um novo rei conforme o seu agrado. A razão de tal opção é que Saul, o primeiro rei de Israel, havia procedido nesciamente, pois não atentou para a Palavra do Senhor proferida através de Samuel (I Sm. 12.14). Por esse motivo o profeta do Senhor é dirigido à casa de Jessé, o belemita, que era neto de Rute e Boaz (Rt. 4.17,22) para ungir o rei que Deus havia escolhido. Seguindo o procedimento para a unção do rei, Samuel devia apanhar seu chifre de óleo sagrado para a cerimônia de unção. Mesmo que o profeta tenha se impressionado com Eliabe, o filho mais velho de Jessé, é a Davi, o mais novo que Deus havia vocacionado, pois Deus não vê como vê o homem (I Sm. 16.6-10; I Cr. 28.9). Davi se encontrava no exercício da sua responsabilidade, pastoreando as ovelhas de seu pai, talvez esquecido pelos familiares, mesmo assim o Senhor não se esqueceu dele o separou para a obra (I Sm. 16.11-13) Posteriormente, no Sl. 22.9,10, Davi testemunharia que Deus o havia escolhido desde o ventre da sua mãe. Ele é um exemplo do homem ou da mulher de Deus que tem consciência de seu chamado e de que Deus cumprirá os desígnios que estabeleceu.
3. O PROPÓSITO DA VOCAÇÃO
A vocação de Davi por Deus tinha propósitos imediatos, para a sua época, bem como para um futuro distante. Naqueles tempos, o povo de Israel se encontrava numa situação de crise. Samuel, já envelhecido, constituiu a seus filhos por juizes em Israel, esses, porém, não andaram pelos caminhos do Senhor (I Sm. 8.1-3). Por esse motivo, os filhos de Israel, imitando as nações vizinhas, pediram um rei (I Sm. 8.7,9), mas esse, ainda que escolhido por Deus, procedeu nesciamente e fora substituído pelo Senhor (I Sm. 13.13-14). A vocação de Davi tinha também uma promessa, a de que no futuro viria um Rei que estabeleceria seu trono definitivo sobre Israel: Jesus, profecia se cumprirá totalmente no milênio (Lc. 22.20; Jr. 23.5,6; Ap. 19,20). Através do processo de escolha de Davi para reinar o Senhor nos instrui a respeito de determinados aspectos na vocação de um líder: 1) a espiritualidade – alguém que seja segundo o coração de Deus, que seja sensível às coisas do Senhor (II Cr. 16.9), 2) a humildade – alguém que mesmo desprezado, reconheça sua posição diante de Deus (I Sm. 16.1; Sl. 78.70; 89.20), que privilegie menos a promoção pessoal e dê maior valor à construção do caráter; e 3) a integridade – que vive em sinceridade de coração, que não depende exclusivamente das aparências (Sl. 78.71,72).
CONCLUSÃO
Davi foi um homem vocacionado a fim de desempenhar uma tarefa. Na construção dessa liderança, o Senhor trabalhou no caráter de Davi. Primeiramente através dos momentos de solidão, enquanto esse se encontrava no campo, cuidando das ovelhas do seu pai Jessé. Depois por meio da obscuridade, houve momentos que ninguém conhecia a Davi, ninguém para aplaudi-lo, ele não passava de um desconhecido na multidão. Através dos momentos de monotonia o Senhor também trabalhou o caráter daquele que seria o rei de Israel, quando esse estava fazendo as mesmas coisas, tidas por alguns como irrisórias ou de pouca utilidade. Que o Senhor nos dê sabedoria para discernir o tempo e o propósito para o Seu chamado para as nossas vidas.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOW, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
Texto Áureo: I Sm. 13.14
Leitura Bíblica em Classe: I Sm. 16.1,310-13
Objetivo: Entender as razões e o propósito de Deus da vocação de Davi a fim de cumprir seus objetivos imediatos e futuros.
INTRODUÇÃO
Ao longo dos próximos três meses estudaremos a biografia de Davi. Teremos a oportunidade, durante as aulas, de refletir a respeito da vida desse que é conhecido como um “homem segundo o coração de Deus”. Aprenderemos a respeito de suas vitórias e derrotas, e, à luz do evangelho de Cristo, poderemos extrair ensinamentos a fim de que, como Davi, estejamos também no centro do coração do Senhor. Na aula de hoje trataremos a respeito da sua vocação, contextualizaremos o tempo no qual viveu, e ao final, veremos qual o propósito de Deus em sua vocação e algumas aplicações para a nossas vidas.
1. DAVI, NO TEMPO DE DEUS
O tempo no qual Davi viveu é marcado pelo fim de uma era, a dos juizes, personalizado na figura de Samuel. O livro de Juizes termina destacando que “não havia rei em Israel” (Jz. 18.1; 19.1; 21.25). Até que o povo de Israel reclama para si, seguindo o modelo das nações vizinhas, um rei, isto é, o estabelecimento da monarquia. Ainda que a contragosto (I Sm. I Sm. 8.7,9), Samuel, debaixo da orientação divina, e em resposta à petição dos israelitas, escolheu Saul para reinar (I Sm. 9.1-10.16). Mesmo sancionando essa opção, o Senhor antecipara Israel a respeito do preço que iria pagar por tal opção (I Sm. 8.10-18). A unção de Saul, o primeiro rei de Israel, se deu através de uma cerimônia secreta (I Sm. 9.1-10.16). Posteriormente ele foi reconhecido pelo povo e aclamado como rei (I Sm. 10.17-27). Com a monarquia estabelecida, Samuel se retira de cena, e restringe-se ao ministério profético (I Sm. 12.1-5). Saul, após assumir o reinado de Israel, não se conduziu em conformidade com a Palavra de Deus, precipitou-se em seus votos (I Sm. 14.24-46) e até mesmo confrontou ao profeta de Deus (I Sm. 15.1-35) por esse motivo, fora rejeitado pelo mesmo Deus que o fez rei (I Sm. 15.10-12). Samuel, em seu embate com o rei Saul, diz que a obediência é melhor que o sacrifício, já que Saul desobedeceu intencionalmente a Deus, sob a justificativa que ofereceria sacrifícios (I Sm. 15.22-23).
2. A VOCAÇÃO DE DAVI
A escolha de Davi, para ser o rei de Israel, sucessor de Saul, está registrada em I Sm. 13.13-14. Nessa passagem lemos que o Senhor rejeitou Saul e separou um novo rei conforme o seu agrado. A razão de tal opção é que Saul, o primeiro rei de Israel, havia procedido nesciamente, pois não atentou para a Palavra do Senhor proferida através de Samuel (I Sm. 12.14). Por esse motivo o profeta do Senhor é dirigido à casa de Jessé, o belemita, que era neto de Rute e Boaz (Rt. 4.17,22) para ungir o rei que Deus havia escolhido. Seguindo o procedimento para a unção do rei, Samuel devia apanhar seu chifre de óleo sagrado para a cerimônia de unção. Mesmo que o profeta tenha se impressionado com Eliabe, o filho mais velho de Jessé, é a Davi, o mais novo que Deus havia vocacionado, pois Deus não vê como vê o homem (I Sm. 16.6-10; I Cr. 28.9). Davi se encontrava no exercício da sua responsabilidade, pastoreando as ovelhas de seu pai, talvez esquecido pelos familiares, mesmo assim o Senhor não se esqueceu dele o separou para a obra (I Sm. 16.11-13) Posteriormente, no Sl. 22.9,10, Davi testemunharia que Deus o havia escolhido desde o ventre da sua mãe. Ele é um exemplo do homem ou da mulher de Deus que tem consciência de seu chamado e de que Deus cumprirá os desígnios que estabeleceu.
3. O PROPÓSITO DA VOCAÇÃO
A vocação de Davi por Deus tinha propósitos imediatos, para a sua época, bem como para um futuro distante. Naqueles tempos, o povo de Israel se encontrava numa situação de crise. Samuel, já envelhecido, constituiu a seus filhos por juizes em Israel, esses, porém, não andaram pelos caminhos do Senhor (I Sm. 8.1-3). Por esse motivo, os filhos de Israel, imitando as nações vizinhas, pediram um rei (I Sm. 8.7,9), mas esse, ainda que escolhido por Deus, procedeu nesciamente e fora substituído pelo Senhor (I Sm. 13.13-14). A vocação de Davi tinha também uma promessa, a de que no futuro viria um Rei que estabeleceria seu trono definitivo sobre Israel: Jesus, profecia se cumprirá totalmente no milênio (Lc. 22.20; Jr. 23.5,6; Ap. 19,20). Através do processo de escolha de Davi para reinar o Senhor nos instrui a respeito de determinados aspectos na vocação de um líder: 1) a espiritualidade – alguém que seja segundo o coração de Deus, que seja sensível às coisas do Senhor (II Cr. 16.9), 2) a humildade – alguém que mesmo desprezado, reconheça sua posição diante de Deus (I Sm. 16.1; Sl. 78.70; 89.20), que privilegie menos a promoção pessoal e dê maior valor à construção do caráter; e 3) a integridade – que vive em sinceridade de coração, que não depende exclusivamente das aparências (Sl. 78.71,72).
CONCLUSÃO
Davi foi um homem vocacionado a fim de desempenhar uma tarefa. Na construção dessa liderança, o Senhor trabalhou no caráter de Davi. Primeiramente através dos momentos de solidão, enquanto esse se encontrava no campo, cuidando das ovelhas do seu pai Jessé. Depois por meio da obscuridade, houve momentos que ninguém conhecia a Davi, ninguém para aplaudi-lo, ele não passava de um desconhecido na multidão. Através dos momentos de monotonia o Senhor também trabalhou o caráter daquele que seria o rei de Israel, quando esse estava fazendo as mesmas coisas, tidas por alguns como irrisórias ou de pouca utilidade. Que o Senhor nos dê sabedoria para discernir o tempo e o propósito para o Seu chamado para as nossas vidas.
BIBLIOGRAFIA
BALDWIN, J. G. I e II Samuel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
SWINDOW, C. R. Davi. São Paulo: Mundo Cristão, 2009.
Fonte: http://subsidioebd.blogspot.com/
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